sexta-feira, 7 de agosto de 2009

O vaqueiro que derruba - por José do Vale Pinheiro Feitosa



Isso ficou esquecido num cantinho qualquer de comentário. Recupero para que todos os touros reconheçam o destino líquido e certo do vaqueiro.


E touro brabo da caatinga,
nunca lanço me apanhou,
qualquer vivente me derrubou,

Mas se fosse este vaqueiro,
todas a carga ia pru chão,
do dedo do pé ao coração.

Prisioneiro de movimentos,
mão que deita ferro quente,
sou marca das posses dela.


Desafio respondido:

touro brabo da caatinga,
nunca lanço me apanhou,
qualquer vivente me derrubou,

-Touro brabo, de repente
-levou poeira e vento
-pelo sertão sofredor

Mas se fosse este vaqueiro,
todas a carga ia pru chão,
do dedo do pé ao coração.

- Este/a vaqueiro/a é manso/a
- que nem flor de mandacaru
- touro babo, me ensina
- a ser brabo como tu

Prisioneiro de movimentos,
mão que deita ferro quente,
sou marca das posses dela.

- Ferro quente não te marca
- não te marca ferro quente
- quem marca, a bem da verdade,
- é a saudade da gente


Abraço,

A Vaqueira

2 comentários:

  1. Confesso. Senti saudades desses tempos! Lembro-me vagamente deste "episódio", hein, Claude? Você sempre cheia de criatividade.
    Abraço

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  2. E touro brabo da caatinga,
    nunca lanço me apanhou,
    qualquer vivente me derrubou,

    -Touro brabo, de repente
    -levou poeira e vento
    -pelo sertão sofredor

    Mas se fosse este vaqueiro,
    todas a carga ia pru chão,
    do dedo do pé ao coração.

    - Este/a vaqueiro/a é manso/a
    - que nem flor de mandacaru
    - touro babo, me ensina
    - a ser brabo como tu

    Prisioneiro de movimentos,
    mão que deita ferro quente,
    sou marca das posses dela.

    - Ferro quente não te marca
    - não te marca ferro quente
    - quem marca, a bem da verdade,
    - é a saudade da gente



    Abraço,

    A Vaqueira

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