quarta-feira, 16 de setembro de 2009

193 minutos depois

Dos danos da alma
E da efusão dos afazeres
Filomena tem a precisão
Recenseada de uma bomba
De gasolina eletrônica fincada
Além dos vapores submersos

Abismada em cismas de
Recombinações sentimentais
Ela deriva o delírio de rever
Averiguações teóricas sobre
A tese dos simulacros do
Francês Jean Baudrillard

Desconhece e desconhece
Caminha sozinha sobre o
Concreto escovado da calçada
Entra na loja de necessidades
Aberta vinte e quatro horas
O caixa baba o sono imperfeito

Ela sempre compra
Absorventes com abas após
Se masturbar menstruada
Na penumbra de velórios
Até ser enxotada por Deus
Pela madrugada a fora

Um comentário:

  1. Eu comecei a ler o poema , sem saber a autoria... Achando parecido com teu jeito de dizer e sentir as coisas ...Foi engraçada a minha inquietação de ler tudinho, e comprovar a assinatura... Resultado: eu já sei te descobrir. Você é inconfundível, poeta !

    Abraços.

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