terça-feira, 27 de outubro de 2009

Amores certos talvez

Há poemas de amor, decerto
Há poemas de paixões, talvez
Talvez não saiba fazê-los ao certo,
Por eles serem tão incertos, talvez

Talvez eu sofra de amores (decerto)
Talvez um deserto de amores sofri
O que sei é amo e sofro por certo
Uma justificativa terei

Amores não se explicam ao acerto
E se assim for amante não mais serei
Serei esse bárbaro que certo
Confunde o que é um amor eterno
Por uma fútil paixão na sintaxe do talvez.


Foto: Sanny

2 comentários:

  1. Talvez eu já tenha amado
    Decerto me apaixonei
    explicar o amor vivido
    Decerto não saberei

    Amor eterno não tive
    amor eterno terei ?
    Se tem amor do outro lado
    Decerto não saberei

    Se fui amante algum dia
    Talvez não saiba dizer
    Se fui mulher muito amada
    Decerto não saberei.


    [ não sei
    o passageiro eu tive

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  2. Há amores tão certos, decerto
    Que transformam a vida, talvez
    Há amores transversos, é certo
    Mas incertos na hora e na vez.

    Talvez minha vida se acerte
    E espante minha timidez
    Mesmo que a saudade aperte
    Estarei nos teus sonhos, talvez.

    Não preciso conter o deserto
    Nem a sombra das horas, talvez
    O que certo é tenho por perto
    A fartura e a pequenês

    A grandeza de um amor tão incerto
    A incerteza do que você fez
    O que sinto, o que quero por certo
    É um eterno amor sem talvez.

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