quarta-feira, 28 de outubro de 2009

A arte dos vendavais

Campos de trigo com corvos-1890(julho), Museu Nacional Vincent van Gogh, Amsterdam

O vento que açoita os trigais de Van Gogh

O vento que move as nuvens dos céus de Vermeer

O vento que move as velas Turner

O vento que move os delírios de Dalí

A brisa que sobra dos ângulos de Picasso

Que seca as banhistas de Renoir

Que faz a atmosfera de Francis Bacon um mormaço

Intragável, incapaz de respirar;

Vento bem ligeiro que beija-lhe

Que move os cabelos de Da Vince

Que move os cabelos da nativas,

De Paul Gauguin no Taiti.

Vento, vento vento...

Nota: Poema do tempo que eu perdia (ou ganhava) as madrugadas querendo ser Caravaggio, Dalí, Vermeer, Andrea Pozzo etc.

3 comentários:

  1. Que texto !

    Vc é um Van Gogh que não perdeu a orelha pra escutar o vento.

    Lindo !

    ResponderExcluir
  2. Parabens pelo texto com comparações aos grandes pintores mundiais.
    Perfeito !

    ResponderExcluir
  3. Obrigado Edilma, e a você Socorro. Um abraço forte.

    ResponderExcluir