segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Tudo estava claro - Por Claude Bloc


Tudo estava claro:
o céu,
os lábios entreabertos,
as águas das nascentes
os passos nas areias.

A serra estava perto,
fremente entre as nuvens
e os pássaros como ondas
iam, vinham, iam,
dóceis e leves
sós - alma e brancura.
Felizes, cantavam;
serenos, dormem;
despertos, amam,
exaltando o silêncio.

Tudo estava claro:
jovens, alados.
A serra estava perto
E o sol
num puríssimo, dourado.


Texto e foto por Claude Bloc

3 comentários:

  1. Há estrume dessa serra na minha alma...

    E que belo poema -
    versos telúricos
    leves voam
    até as minhas narinas...

    Sinto o cheiro da saudade.

    Um abraço carinhoso.

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  2. Claude,

    Adentrei mesmo nesa serra ,nesses jovens alados no dourado do sol e
    no silêncio que para mim nunca será estéril.
    O amigo Domingos tem razão: a gente sente o cheiro do mato narina a dentro e da saudade também.

    Abraço: Liduina.

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  3. Domingos e Liduina,

    Palavras deste tipo nos fazem aplacar o cheiro da saudade...
    Tudo fica perto da serra...

    Abraços,

    Claude

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