quinta-feira, 26 de novembro de 2009

SEM VOCÊ ...


Sem você

são velhas as manhãs,

longas as tardes,

e apagado o luar ...


Sem você sou moldura cega

num espelho quebrado pelos anos,

porto sem cais,

embarcação sem leme ,

uma ponta de cigarro apagada num cinzeiro...


Sem você sou apenas esse vulto sem perfil

debruçado numa pequena poça d' água.

Um comentário:

  1. Que poema mais lindo !
    E como diria você... "Mil vezes lindo !"

    O bom das ausência é que elas se ocupam com poesias.
    Já dizia a canção de Mário Lago : " Atire a primeira pedra, aquele que não sofreu por amor".
    Mas não falo de sofrimento... Falo de ausências. A gnete procura o rastro, o perfume , a toalha molhada , a xícara suja de café ,
    o chinelo no pé da cama , e tudo isso só existe na lembrança !

    Rosa, eu descobri que amava a poesia, ainda quase menina,e justo , nos teus versos !
    Um grande abraço, amiga !

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