
Era o dia 23 de Dezembro de 1992. Trabalhava na Plataforma de Atendimento da Agência do Banco do Brasil , em Friburgo-RJ, como Gerente de Expediente. Apartamento novinho e decorado para o Natal e Ano Novo. Alegre com a visita de uma amiga de Fortaleza, que viera de longe para as festividades daquele ano.
Agência lotada. Movimento atípico! Entra minha amiga esbaforida, e avisa, sem meias palavras: Socorro, o teto da tua sala desabou. Existia no andar superior ( Apartamento de cobertura) , uma piscina, justo em cima da minha sala de visitas.Inundação.Tudo estragado. Foi um Deus nos acuda. Arrumamos todos os móveis da casa , num único aposento , que permaneceu no seco. Arrumei a mala com coisas pessoais e fui para um hotel.Minha amiga desabou logo para o Rio de janeiro, e eu fiquei matutando sobre o que faria da vida.
Peguei um ônibus para o Rio. Da rodoviária fui para o Aeroporto, e embarquei para Brasília. Cheguei de surpresa na casa de Eduardo, um grande amigo, justamente, no dia 24 de Dezembro. O coitado já estava de mochila pronta para passar o natal com a família em Goiás.
Lembrei nessa hora que tinha um amigo do Cariri, trabalhando numa Agência do Banco do Brasil em Brasília. Ainda tinha algumas horas. Liguei, para algumas delas, e enfim localizei-o. Meio dia, ele foi ao meu encontro.
-Vim te buscar. Também estou sozinho, e vai acontecer o natal dos órfãos. Você é minha convidada!
O espaço era familiar, casa grande, e os convivas eram todos solteiros, e sem vínculos de famílias. Éramos todos amigos! Naquela noite me diverti como nunca. O dia foi amanhecendo, e ainda estávamos dançando “Odara” de Caetano.
Mas eu ainda teria o Ano Novo pela frente... O que faria daquelas pequenas férias compulsórias? Estava sem teto!
Fui pra rodoviária, e pensei: vou aventurar uma viagem para qualquer lugar do Brasil. Sorteei umas cidades, e a resposta foi belo Horizonte. Meia hora depois estava a caminho.
Bati na porta de Odete, minha ex sogra, que tinha um endereço constante, no Centro, e bem pertinho da Rodoviária. Quem abriu a porta foi meu ex marido. Imediatamente desisti de ficar, e justifiquei. Estava na rodoviária, mas o meu ônibus só vai sair à noitinha, então resolvi visitá-los. Conversei e dei um tempo por lá... Mais algumas horas estava outra vez dentro de ônibus rumo ao Rio, e já era o dia 30 de dezembro. Amanheci no dia 31, na rodoviária do Rio. Peguei outro ônibus para Friburgo, e três horas depois cheguei ao destino (?).
Tirei o carro da garagem e rumei para S.Pedro da Serra. Aportei na casa de Anita ( uma grande amiga). Anita não estava, mas a casa estava aberta. Só chegaria a noite com o marido e filhos.
Corri no comércio atrás do material para fazer uma ceia diferente. Comprei trutas. Fiz o prato com molho de amêndoas; um arroz com brócolis, uma salada, frutas frescas e secas, vinho, e uma musse para a sobremesa. Colhi flores, acendi velas perfumadas, e fiquei esperando os donos da casa. A surpresa foi enorme. Naquela noite me harmonizei com as pessoas que o destino havia escolhido como companhia para mim... Dei uma volta depois nos barzinhos da cidade. Abracei rostos simpáticos e estranhos ( na maioria). Dia seguinte primeiro de janeiro de 1993, voltei para o hotelzinho em Friburgo, e fui procurar uma nova morada. Um cliente do banco cedeu-me uma casa , que vivia trancada e abandonada. Uma semana de limpeza, e a casa brilhava! Foi nessa casa, dentro de um bosque de orquídeas, que morei, até quando despedi-me de Friburgo, em definitivo, alguns meses depois.
O próximo destino foi Campina Grande, onde Victor estava terminando Medicina. Estávamos, no dia que cheguei, quase às vésperas do natal de 2003... Mas essa já é outra história...!
Uma história incrível, que poderia ter sido romântica... Conto qualquer dia !
Agência lotada. Movimento atípico! Entra minha amiga esbaforida, e avisa, sem meias palavras: Socorro, o teto da tua sala desabou. Existia no andar superior ( Apartamento de cobertura) , uma piscina, justo em cima da minha sala de visitas.Inundação.Tudo estragado. Foi um Deus nos acuda. Arrumamos todos os móveis da casa , num único aposento , que permaneceu no seco. Arrumei a mala com coisas pessoais e fui para um hotel.Minha amiga desabou logo para o Rio de janeiro, e eu fiquei matutando sobre o que faria da vida.
Peguei um ônibus para o Rio. Da rodoviária fui para o Aeroporto, e embarquei para Brasília. Cheguei de surpresa na casa de Eduardo, um grande amigo, justamente, no dia 24 de Dezembro. O coitado já estava de mochila pronta para passar o natal com a família em Goiás.
Lembrei nessa hora que tinha um amigo do Cariri, trabalhando numa Agência do Banco do Brasil em Brasília. Ainda tinha algumas horas. Liguei, para algumas delas, e enfim localizei-o. Meio dia, ele foi ao meu encontro.
-Vim te buscar. Também estou sozinho, e vai acontecer o natal dos órfãos. Você é minha convidada!
O espaço era familiar, casa grande, e os convivas eram todos solteiros, e sem vínculos de famílias. Éramos todos amigos! Naquela noite me diverti como nunca. O dia foi amanhecendo, e ainda estávamos dançando “Odara” de Caetano.
Mas eu ainda teria o Ano Novo pela frente... O que faria daquelas pequenas férias compulsórias? Estava sem teto!
Fui pra rodoviária, e pensei: vou aventurar uma viagem para qualquer lugar do Brasil. Sorteei umas cidades, e a resposta foi belo Horizonte. Meia hora depois estava a caminho.
Bati na porta de Odete, minha ex sogra, que tinha um endereço constante, no Centro, e bem pertinho da Rodoviária. Quem abriu a porta foi meu ex marido. Imediatamente desisti de ficar, e justifiquei. Estava na rodoviária, mas o meu ônibus só vai sair à noitinha, então resolvi visitá-los. Conversei e dei um tempo por lá... Mais algumas horas estava outra vez dentro de ônibus rumo ao Rio, e já era o dia 30 de dezembro. Amanheci no dia 31, na rodoviária do Rio. Peguei outro ônibus para Friburgo, e três horas depois cheguei ao destino (?).
Tirei o carro da garagem e rumei para S.Pedro da Serra. Aportei na casa de Anita ( uma grande amiga). Anita não estava, mas a casa estava aberta. Só chegaria a noite com o marido e filhos.
Corri no comércio atrás do material para fazer uma ceia diferente. Comprei trutas. Fiz o prato com molho de amêndoas; um arroz com brócolis, uma salada, frutas frescas e secas, vinho, e uma musse para a sobremesa. Colhi flores, acendi velas perfumadas, e fiquei esperando os donos da casa. A surpresa foi enorme. Naquela noite me harmonizei com as pessoas que o destino havia escolhido como companhia para mim... Dei uma volta depois nos barzinhos da cidade. Abracei rostos simpáticos e estranhos ( na maioria). Dia seguinte primeiro de janeiro de 1993, voltei para o hotelzinho em Friburgo, e fui procurar uma nova morada. Um cliente do banco cedeu-me uma casa , que vivia trancada e abandonada. Uma semana de limpeza, e a casa brilhava! Foi nessa casa, dentro de um bosque de orquídeas, que morei, até quando despedi-me de Friburgo, em definitivo, alguns meses depois.
O próximo destino foi Campina Grande, onde Victor estava terminando Medicina. Estávamos, no dia que cheguei, quase às vésperas do natal de 2003... Mas essa já é outra história...!
Uma história incrível, que poderia ter sido romântica... Conto qualquer dia !
Socorro Moreira
Oi! Desejo a todos um Feliz 2010!
ResponderExcluirHoje recebi autorização da FCU - Fraternidade Cristiana Universal para tornar público o blog em português.
Confira as imagens em
http://universotrade.blogspot.com
Um forte abraço de Reveillon,
Jorge
meu mapa social em
http://xeesm.com/JorgePurgly
Oi Socorro admiro muito suas histórias, muito belo esse seu conto.Essas aventuras vivsenciadas por n´los do BB. sempre tem algo de glamor.
ResponderExcluirFeliz 2010 para voce e seus familiares.
Jair Rolim
Poeticamente, um abraço de Ano Novo, com tudo novo...
ResponderExcluirAbraço,
Eu
Querida Socorro,
ResponderExcluirO teto já caiu muitas vezes em cima da minha propria cabeca. Mas tive forcas para devolve-lo ao seu proprio lugar.
Minha admiracao a sua luta na vida. Beijos !
Gostei um tanto da levada desta narrativa.
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