sábado, 19 de dezembro de 2009

Flor de Pequi

Nosso inimigo-mor
veste-se com nossa pele
espreita por trás das nossas retinas

anda glorioso sustentado
por nossos músculos e tendões
até finge nossas mãos na hora da escrita.

Nosso inimigo-decano
é traiçoeiro, cínico

espera a mente dúbia
para lhe forjar medos.

Chegado o tempo de fustigar o corpo:
abdominais, pesos, sobriedade.

Chamar para o duelo
esse humano cruel

esse palhaço
esse espantalho sem cabeça.

2 comentários:

  1. Domingos,
    Todos temos escondido um inimigo-mor ou inimigo-decano.
    O dificel é descreve-lo como você.
    Adoro sua genialidade.
    Lhe desejo um Feliz Natal e que suas mãos continuem firmes na escrita para o nosso deleite.
    Abraço !

    ResponderExcluir
  2. Se possível,
    um Natal ainda mais feliz
    desejo-lhe do profundo da minha alma.

    Grato por suas generosas palavras.

    Carinhoso abraço.

    ResponderExcluir