Tandô, o anão - por Everardo Noróes
talvez não visse
o mundo tão pequeno
como o sentíamos
éramos nós
os anões
e ele
punhal à mostra
assassinava a sílaba ofegante
do paraíso
talvez não sentisse
o mundo tão curvo
como o víamos
debruçado sobre os pés
ao oriente de si mesmo
a dominar o círculo
do escorpião
o dente de ouro
a flagrar nossa tristeza
bom-dia tandô
sentado sem pensamentos
no largo da sé catedral
como gostaríamos de ser
dentro do só das coisas
o pão a água e a benção do Padre Cícero Romão Batista
Everardo Norões
Socorro,
ResponderExcluirLembro perfeitamente de Tandô.
Figura ilária, única e insubstituível.Bom lembrar
das pessoas que fizeram a história do nosso Crato.
Abraços amiga; liduina.
Liduína,
ResponderExcluirTodos da nossa geração lembramos Tandô, mas o Everardo Norões , conseguiu a proeza de bem cantá-lo , em versos !
Abraços.
Socorro,
ResponderExcluirO nosso Zé Flávio fez um projeto em que ele constroi uma narrativa falando de nossas lendas, mitos e costumes para crianças.
O livro vem acompanhado de um CD com músicas (todas as letras suas)que evocam aquelas pessoas que nos metiam medo, risos e até asco, como os chamados "doidos" de nossa terra.
São em torno de 12 músicas. A letra que fala de Tandô, maravilhoso, coube ao excelente compositor Pachely Jamacaru musicá-la. E ele fez com tamanha riqueza melódica que, quem conheceu Tandô, logo se encanta com o personagem. E quem não o conheceu, passa a gostar dele, pela singeleza da interpretação de Pachely.
Que instituições culturais, educativas e outras, locais e nacionais, apoem esta magnífica obra do escritor José Flávio Vieira.Para o bem da "capital da cultura".
Zé Nilton