quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Isto é a morte

Como é triste a vida do Lunático
sua espada de plástico
seu escudo uma casca de tangerina.

Como é triste a vida
da muriçoca sem violino
da borboleta sem a mão de Picasso.

Tristes as noites do travesseiro
encostado na parede

insone,
com a fronha limpa
e perfumada.

A lâmpada acesa
nenhum besouro em volta

ritual macabro
da singela ausência

de si mesmo.

Um comentário:

  1. mas o dia já clareou...
    Os fantasmas espalhados no pomar, jardim, cozinha e banheiro,
    sairam do travesseiro.
    Agora é tudo poesia .Sementes que a alma do Domingos vive a espalhar.

    Abraços, meu poeta querido !

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