O meu destino é ser exímio açougueiro:
destrinchar versos.
A alma não tem nada a ver com isso.
Deixe-a quieta no seu sótão.
Vejo da varanda
a enorme lua cheia
bobona
à espera de um alfinete
ou uma unha.
Arrasto sobre os ombros
um dorso sangrando
e os pingos de sangue
espalhados pelo corredor
é a única forma do poeta
não esquecer o caminho de volta.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirBuñuel,
ResponderExcluirEmbora não seja uma pintora, gosto de brincar com pincéis, telas e tintas. Devido a isso,muits vezes, fico a imaginar alguns dos seus poemas numa tela colorida, e o que "vejo" é impressionante. Sei que é muita pretensão de minha parte, mas já tive vontade, várias vezes,de fazer uma tentativa.Quem sabe ? Qualquer dia desse, eu me arrisco. Só não sei como será o resultado.rsrsrs
Um terno abraço,
Corujinha
Corujinha Baiana,
ResponderExcluirarrisca-te!
O resultado?
Abriste uma janela.
Carinhoso abraço.