sábado, 3 de abril de 2010

A POESIA DE JOSÉ AUGUSTO SIEBRA

MEU POMAR
(Sítio Malhada, junho de 1938)


Plantei um pé de roseira
Lá dentro do meu pomar
Com muito jeito e carinho
Comecei a cultivar.

A roseira se estendeu
Com galinhos bem frondosos
Em cuja fronde mimosa
Realçaram quatro rodas.

Cada rosa mais formosa
No galinho a balançar
Dava graça, dava encanto,
Dava vida ao meu pomar.

A roseira se movia
Balançando as quatro flores
Vivia de seus encantos
Vivia de seus odores.

Porém como esta vida
É cheia de dissabores
Quando menos se esperava
Lá se foram duas flores.

O pomar é nossa casa
A roseira és tu, Maria
Nossos filhos são as rosas
Jardineiro, quem seria?


O poeta José Augusto Siebra nasceu em Várzea-Alegre no mês de novembro de 1881. Viveu no Cariri e amou o Cariri, assim como amou a Deus, a natureza e a família. Seus sonetos falam de suas devoções. Faleceu no Crato, em 1960.
Stela Siebra Brito

6 comentários:

  1. Stela, cadê o conto, o fotógrafo e a menina, que nunca sai do rascunho?

    ResponderExcluir
  2. Socorro, acabei de postar A menina e o fotógrafo, confira lá.

    ResponderExcluir
  3. Creio que o jardineiro seria o avô de Stela. Gostei! Vamos ler a obra completa?
    Abraço Stela
    Glória

    ResponderExcluir
  4. Pois é Glória, tô preparando a publicação das poesias dele, que conseguimos reunir. Vale a pena lê-las, vou já postar mais uma.
    Fico muito grata pelo reconhecimento da beleza da poesia de vovô. Um abraço pra vocês.

    ResponderExcluir
  5. Stela, veja onde herdastes a véia poetica?
    Belíssima, fico no aguardo das outras.
    Um abraço,
    Walda.

    ResponderExcluir