domingo, 16 de maio de 2010

A marca
- Claude Bloc -

Ah, esfreguei tantas vezes aquela mancha. Tentei apagá-la. Tirá-la da mente. Pensei que não ficaria a marca. Soprei pra secar. Deixei tudo à sua volta intacto.

É que venho aprendendo a ser feliz na marra. Feliz com as migalhinhas do dia a dia. Pois é, e assim sendo, tentei de tudo: a marca não saiu. Era redonda insignificante, mas me incomodava. Era salgada, amarga, sei lá. Na verdade, não tinha cara de nada. Apenas caiu ali, num lugar tão inoportuno! Espalhou-se a mancha como a dizer que eu estava ferida pelo (res)sentimento dos outros.

Era teimosa a marca. Não desapareceria. Até que desisti de esfregar. E a marca de minha última lágrima ficou ali, para sempre, no teu ombro.
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Por Claude Bloc

3 comentários:

  1. QUE COISA LINDA VOCÊ ESCREVEU ... NÃO TENHO NEM PALAVRAS PARA COMENTAR ...PARABÉNS...VOCÊ FOI DEMAISSSSSSSSSSSSSSSS BJS, ROSA

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  2. Claude,
    Bom estar por aqui de novo.
    Me identifiquei no teu texto.
    Você é demais !
    Me liga, viu ...
    Beijo !

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  3. Obrigada, meninas,

    É tão bom quando gostam do que a gente escreve...

    Abraço,

    Claude

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