quinta-feira, 6 de maio de 2010

QUE NEM BAGAÇO - Por Marcos Barreto de Melo

Fico contemplando a lua
Que, nascendo prateada
Traz na sua claridade
Um balaio de saudade
E a doce recordação
Da vida lá no sertão

Quanta saudade que eu tenho
Da minha vida na roça
Da moagem, do engenho
Daquela velha palhoça

Saudade da rapadura
Do meu doce umbuzeiro
Da fazenda Tanajura
E daquele velho oitizeiro

Hoje eu vivo da lembrança
Do meu tempo de criança
Sinto o meu peito doído
Que nem bagaço moído
Por isso, meu coração
Só quer voltar pro sertão


Marcos Barreto de Melo

2 comentários:

  1. Marcos,
    Você é imbatível com suas poesias falando de suas lembranças. Parabéns

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  2. Parabéns Marcos. Saudades do Cabloco, da Barreira Alta e do São José!
    Abraços

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