segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Blues

Não há como
esgrimir contra o sol:

sempre encontra uma maneira
de lançar seus raios
com trancinhas
enrubescendo
meus travesseiros.

Meus dias deveriam
ser melhores
com menos apelos
e o batimento cardíaco
nem tão desumano.

A varanda espera
que eu me debruce
sobre as plantinhas
assobie uma canção
estale os dedos
corte as unhas.

Em vão,
inútil.

Sequer tenho olhos
para vislumbrar o sorriso
marcado pelas duas rachaduras
na borda da minha xícara.

4 comentários:

  1. Poeta,

    Esta semana irei visita-lo na companhia de Claude.
    Consiga mais dois regadores
    para molhar as plantinhas
    e deixar a conversa rolar.
    Abraço!

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  2. Os regadores bem guardados
    folheados a delicadeza.

    Carinhoso abraço.

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  3. Veremos as plantinhas ´
    e o lume das estrelas
    respingando sorrisos
    na alma da gente

    veremos a amizade
    brotar entre os dedos
    e pela varanda
    o eco de nossas vozes
    sorrindo
    e espalhando alegria
    pela novidade
    ...
    pela

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