segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Adeus em vida. Liduina Belchior.


Nós seres humanos não conhecemos profundamente a cisão entre o viver e o morrer.Não somos suficientemente preparados para esta situação.
Mas fui á Fortaleza desperdir-me de um tio com menos de 70 anos com metástase óssea, sem visão e em seus últimos tempos. É difícil dizer Adeus a um Profeta, tio e pai ao mesmo tempo. Ele não me viu com seus olhos, mas ouviu minha alma, me olhou com o coração,com seu tato e recebeu infinitamente meu carinho e gratidão derradeiros.
Homem forte cujos sobrinhos o chamam de TOURO! Pois sobrevive a mais de 5 anos uma enfermidade tão séria quanto a vida.
Meu coração chora e ri. Explico: O seu exemplo e missão ficarão para sempre gravados em meu viver como crescimento de existência.
Valeu, José Belchior Silva (Tio Bó)por você ter nascido e nos ter dado tanta lição de Moral, de Cidadania e sobretudo de AMOR!

Beijo-te eternamente: Liduina.

5 comentários:

  1. Liduina,

    Maravilha de depoimento. De uma sensibilidade marcante e de uma sinceridade que comove e emociona.

    Que Deus te abençoe nessa tua caminhada.

    Abraço,

    Claude

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  2. Liduina explicita o que pouco vemos. Que no limite (fronteiras) das coisas elas estão mais nítidas. Ali onde elas passarão a ser outra coisa, ou até mesmo não ser, são mais profundamente o ser. Ao contrário do existencialismo, ali se afastam do nada.

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  3. toutClaude e José do Vale,

    Obrigada, obrigada, obrigada!
    Senti cada palavra de afago de vocês. Adentraram minha alma e me fizeram acontecer.

    José, naquele hospital São Francisco, estive nos últimos momentos de seu Pai, ouvindo Diana cantar em seu ouvido; canção esta, que ele cósmicamente carregou consigo. Levou também o perfume de uma flor que tinha ao seu lado chamada Bugari.Como lembro....

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  4. Liduina,

    Parabéns pelo seu texto, encontrar
    belas e bem colocadas palavras, num momento difícil só poderia ser de uma pessoa com a tua sensibilidade.

    Força e um forte abraço
    Aloísio

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  5. Obrigada Aloísio.

    Preciso ter herdado dele, pelo menos a força de um leão.

    Grande abraço: Liduina.

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