segunda-feira, 8 de novembro de 2010

De um amgio de João Marni - José do Vale Pinheiro Feitosa

João e neste dia,
como amigo retirado,
não se sabe se antes,

deixo uma promissória,
para uma janela testamental,
uma paisagem para o olhar,
uma vaga de eventos acontecidos,
sem pesos e medidas,

um lençol tecido de lavanda,
com a brancura do capucho de algodão,
tantos como a seiva do paraiso
e um silêncio de catedrais,
no dorso da treze horas
quando os crentes fazem a sesta.

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