domingo, 7 de novembro de 2010

Por tudo destes dias - José do Vale Pinheiro Feitosa

Se escolhes as pessoas com que andas,
Abdiques da humanidade por incompatível.
Jamais tente expressar as dessemelhanças,
Estiveste reclusa em ti mesma.

Quando escolhes o junto caminhar,
Considerai a mútua transformação,
Que não é guardado de prateleira,
Tampouco a tua única razão.

E quando resolveres separar o joio do trigo,
Sempre pergunte quanto de joio há em ti,
O tanto de trigo que fabrica o pão que alimenta,
A vida da humanidade e da colônia de mofo.

Mas a vida não é tudo disparidade,
Há uma ressonância que liga nossos corações,
Verdades que alimentam e hidratam,
Um singelo raio que se destaca na luminosidade.

O amor não é fogo fátuo dos poemas,
É trilha aberta para teu deslocamento completo,
O renascer sobre escombros de incompletudes,
Afinal onde se encontra a métrica do erro?

E quando o vozerio alardear o erro,
Não apertes o prego que crucifixa,
Além desta purificação na dor,
Há o amor que purifica muito além.

Por isso venha comigo para não me sentir só,
Eu, tu, ele, nós, vós, eles.
Não te apartes nem por interpretações,
E nem por meros roncares de assertivas.

Um comentário:

  1. Nas entrelinhas a força conciliadora
    O coletivo não admite escolhas
    è com o adverso
    que a gente aprende a tolerância.

    Ideias em movimento
    fatos não admitem argumentos
    Mas clama pela compreensão
    e a vontade de aprender novas
    propriedades.

    O silêncio é a melhor pedida
    Mas as mãscaras escondem o nosso sorriso,
    o nosso coração,
    embora ninguém possa fugir de um olhar solar...
    Mesmo que resulte em queima,
    ou numa pequena ferida.
    A razão não é unilateral
    nem única, nem unânime....
    As forças se agregam para construir
    Mas a crítica nos impele à restauração,
    inclusive de nós mesmos.
    Que esse teu poema gere ressonâncias
    Péla boa intenção de agregar,
    e estabelecer a corrente da paz e do entendimento.
    Conjugar no plural é um ideal
    Segui-lo é crescimento,
    Enfim, todo mundo aprende !

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