domingo, 2 de janeiro de 2011

árvores bailarinas nas nuvens

Não acredites no meu inferno nem quando digo
que a vida é bacana e meu anjo da guarda legal.

Não penses que uso as palavras com lealdade.
Cada verso eu passo horas tramando
como enganar a mim mesmo.

Poemas que escrevo hoje
amanhã eu apago
(envergonhado
e triste) .

Então não busques minha alma nos meus versos.
O lugar certo para encontrares minha alma
é antes da escrita naquele momento
inexplicável.

Depois da segunda palavra
há um arranjo obscuro
entre o que é fogo
e o que já é cinza.

Um comentário:

  1. Domingos Barroso,

    Desculpe-me a ousadia. contrariando o que escreveu, eu procuro sua alma, seu ego é nos seus versos mesmo.Embora os encontre entre o fogo e as cinzas.
    Parabéns pelo poema.Tive que raciocinar e isto é bom.

    Abraços: Liduina.

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