quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

com versos de claude

claude
chagas


todas as sendas dos teus sonhos
toda tua sede infinita

formam o mesmo e único sonho
que em mim habita

dedos fincados nas nuvens
olhos abertos pra lua

lábio por sobre as lanugens
que recobrem a alma tua

dobraria as mágoas
retornaria ao começo de tudo

me banharia nas últimas águas
desse mar aberto em que me iludo

me entregaria ao veludo dos teus sonhos
quando a estiagem me fechasse as portas

para esses dias enfim tão medonhos
feitos de esperanças mortas

2 comentários:

  1. Chagas,

    Esse entremeado de versos ficou um primor.

    Que venham outros de linguagem paralela e ao mesmo tempo tão similar...

    Maravilha!

    Obrigada,

    abraço

    Claude

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  2. Claude, são infinitas as possibilidades de um poema.
    Sempre há um poema latente
    dentro de outro.
    Às vezes consegue-se extraí-lo, mas outros ficam lá aguardando.

    É isso...

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