quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Destino do Poeta – Por Enéas Duarte.

Renata Menezes e Ananda na foto
Conduzir tanto amor, tanta amizade,
Na pequenez sutil do coração;
Desprezar o clarim da realidade
Pela sonora flauta da ilusão.

Vagar pelo silencio em direção
À desventura, às magoas, à saudade,
Menoscabando o fausto e a sedução,
Vivendo quase sempre na humildade.

Respondendo às injurias com o desdém
Sem maltratar e sem pungir ninguém,
Caminhando altivo em linha reta.

Lançando roças pelo caminho
E recebendo em troca acerbo e espinho,
Eis o destino de qualquer poeta.

2 comentários:

  1. Magnólia, estramos gostando demais de suas postagens. Obrigada, menina por nos ilustrar com textos de tão boa escolha.

    Abraço,

    Claude

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  2. Eneas Duarte, poeta barbalhense, um dos maiores acervo da cultura caririense.

    Certa feita, Eneas encontra-se com Helder França e este decepcionado com a indumentaria do poeta barbalhense, metrifica:

    Responde-me,
    Oh! pobre vate,
    Qual foi o mal alfaiate
    Que te aleijou de uma vez?

    Não tradou a resposta:

    Foi o alfaiate da miseria
    Que pobreza
    É coisa seria
    Foi a miseria quem fez!

    Parabens Magnolia por resgatar um soneto de inigualavel feitura.

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