segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Nunca aprendi a babar ovo / Nem cuspir no prato em que comi - Aloísio

Nunca aprendi a babar ovo
Nem cuspir no prato em que comi

Garanto uma coisa a vocês
Defendo a verdade e me comovo
Quem me ensinou foi meu povo
Sou mais brabo que o bem-te-vi
Nunca aprendi a babar ovo
Nem cuspir no prato em que comi

Não vim aqui cantar de galo
Nem tão pouco me esconder aqui
Faço tudo pra acertar de novo
Por isso digo, volto a repetir
Nunca aprendi a babar ovo
Nem cuspir no prato em que comi

A gente vendo tantas asneiras
O cabra ajoelhando aos pés do chefe
Por mim este cabra não promovo
Eu mando ele pra fora daqui
Nunca aprendi a babar ovo
Nem cuspir no prato em que comi

Quem muito abaixa a cabeça
Acaba no fim mostrando a bunda
Aqui vai também meu desaprovo
Isto pra mim eu não escolhi
Nunca aprendi a babar ovo
Nem cuspir no prato em que comi

Estando findando minhas rimas
Deixo patente o desagrado
Puxando o saco eu não trovo
Isso com meu pai eu aprendi
Nunca aprendi a babar ovo
Nem cuspir no prato em que comi


Aloisio

7 comentários:

  1. Aloísio,

    Adorei seu texto ritmado, com mote prá lá de espirituoso...
    Estava sentindo sua falta por aqui.
    Nesses dias, estou arrumando caixas para me mudar pro Crato, por isso meio sem tempo pra postar, cometar... vou fazendo o que posso, mas não deixo de ver a produção doa amigos.

    Não desapareça.

    Abraço,

    Claude

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  2. Claude,

    Estava uns dias de férias, de internet e tudo.

    Abraços
    Aloísio

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  3. Aloísio,

    Sentimos a sua falta e agora nos surpreende com rimas bem humoradas.
    Sou boa batendo um ovo, mas não aprendi a cuspir no prato que comi.
    Bem vindo de volta das ferias !

    Abraço !

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  4. Edilma.

    Ainda bem que você é grata, também jamais cuspi no prato que comi, daí estes versos.
    Obrigado pelo comentário.

    Abraços
    Aloísio

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  5. Aloisio,

    Cumprimentos pela autentica
    "bofetada na cara" dos asquerosos e repugnantes "puxa-sacos" e "baba-ovos", lamentavelmente presentes em tudo que é lugar (inclusive aqui no blog).

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  6. José Nilton Saraiva,

    Obrigado pelo comentário.
    Estes versos saíram em um momento de lembrança dos ensinamentos do meu pai, que falava "seja humilde, mas de cabeça erquida".

    Abraços
    Aloísio

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