quinta-feira, 3 de março de 2011

CONTEMPLO O TEMPLO




                                 
CONTEMPLO O TEMPLO


Olhem o mar!
Olhem aquele rochedo enorme
coberto de espumas brancas
e gaivotas
e o horizonte renovando-se a cada momento.

As minhas pegadas na areia
que as águas apagam
as minhas pegadas crescendo com o canto do mar
o sol nas minhas costas
carrego o sol como um cavalo à beira-mar.

Lembro um esquilo
é uma lembrança mínima
disso que se chama poesia
o esquilo me olhando num rochedo à beira-mar
com a linguinha de fora.

Não era preciso mais nada
havia muita água
areia, pedras, peixes
o grito das gaivotas e o canto do mar.

Entro no mar, deito-me na água, flutuo
a água me envolve, o sol por cima
não existe maior sensação de plenitude
o mar e as montanhas
o céu azul infinito e a face de Deus.



Um comentário:

  1. José Carlos,

    Viajei na sua poesia entre o o seu mar e suas lembranças...
    Parabéns !

    Abraço !

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