domingo, 30 de agosto de 2009

Soneto de madrugada - Por: João Nicodemos

Tantos abismos me atirei
e tantas mortes me caçaram
mas de todas que morri
alguns fiapos me sobraram.

Novos corpos incompletos
vieram habitar minh'alma
outras caras, falas, gestos
novos riscos de navalha.

E nem culpa tenho nisso,
é pra mim um compromisso
renascer a cada instante.

E assim, morrendo sigo
da morte fazendo abrigo
pra vida de mais adiante.
.............................................

Ao Vitor

POESIA

NÃO VIVO DISSO

NEM VIVO

SEM ISSO.

João Nicodemos

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