quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Roer

Divirta-se mas não conte com minha alma.
Minha noite sóbria

cabeça de alfinete
brilha debaixo da fluorescente.

Transfigure-se mas não me aprisione sob as sombras.
Minha noite calma
dorme dentro da caixa de sapato.

É sem unhas que vejo meus dedos.
É caolho que sinto os cílios.

Pule do abismo mas não esqueça da cama elástica.
As palmas das minhas mãos
nem sempre salvam as lágrimas suicidas.

Um comentário:

  1. Poeta você fez falta . Roemos a sua ausência, e eis que ela desaparece nesse texto , e mostra-se , vestida como gosta : poesia !

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