quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Me vendo por um verso para o sol.

Eu sei que sobrevivo, a estes corações urbanos

Ao brilho, deste mundo de vidro.

Eu sobrevivo, mesmo atingido

Por amores corrompidos

Por ilusões, compradas para sanar feridas

Por não poder mais sonhar,

Por não saber andar mais sem a brida.

Eu sobrevivo, a sordidez destes sorridos de prata

Ao fútil tido como meta a ser seguida.

Eu escapo, mesmo encurralado na pista,

Eu corro no asfalto, eu salto num vôo

Mas escapo deste teu modo de vida

Deste teu modo de brida

Para andar sem pressa,

Nessa única vida, que é a que me restou.

Sobrevivo, como um rebelde sem preço

Pois para me comprar...eu quero um verso sobre o sol

Um versollll, só para te lembrar...

Para você saber quem eu sou!

Foto: Gregória Correia

Um comentário:

  1. E esses raios de sol, que a poesia colhe em ti ?

    Não precisas comprar um versol... ele brota em ti .

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