domingo, 29 de novembro de 2009

Móbile - Por Ana Cecília S.Bastos


Novos espaços,
e os mesmos labirintos de ocultamento e disfarce.
Perturbação e enleio, desconforto no próprio eu.

O eu está desconfortável.
Como o equilibrista do Cirque du Soleil, confia naquele que segura os fios.
Seu movimento é ilusão, só existe nas mãos daquele.

O equilibrista está desconfortável.
Inventa nós e tranças.
Abismos e angústias nada mais são que disfarces.

O salto no infinito.


[Publicado em A Impossível Transcrição.]
O trabalho de Igor Souza, Sem título, está disponível em http://www.fotolog.com.br/igorsouza/

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