sábado, 26 de dezembro de 2009

A poesia de CACASO


Cacaso
(Antônio Carlos Ferreira de Brito)


Descartes

Não há
no mundo nada
mais bem
distribuído do que a
razão: até quem não tem tem
um pouquinho


Fatalidade

A mulher madura viceja
nos seios de treze anos de certa menina morena.
Amantes fidelíssimos se matarão em duelo
crepúsculos desfilarão em posição de sentido
o sol será destronado e durante séculos violas plangentes
farão assembléias de emergência.

Tudo isso já vejo nuns seios arrebitados
de primeira comunhão.

Nenhum comentário:

Postar um comentário