quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Insone - Por Edilma Rocha


O produto de noites mal dormidas muitas vezes resulta em pérolas....

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Duas horas da manhã...
O silêncio cobre a casa vazia
Lençois , travesseiros...
Revirados, solitários...
Lá fora a chuva bate fria

A ânsia do beijo
Que não foi satisfeito...
O relógio da Matriz bate outra vez
E a solidão sufoca
Despertando sentimentos
De dor outra vez

A cama vazia
Não me prende mais...
Desço, tomo um café
E ainda sufoca a agonia..

Perambulo pela casa...
E comigo meus fantasmas
Ouço vozes na calçada...
Ou são gritos da minha alma ?

As horas passam...
Lentas e solitárias
A chuva cessa lentamente
O frio invade o corpo aquecido
Cansado e mal dormido

Amanhece o dia
Sinto o sol aparecer...
Retorno ao quarto vazio
Arrumo a cama outra vez
Vai recomeçar a agonia
De um só coração
Sentimento perdido
Solidão reviver


Edilma

3 comentários:

  1. Emerson,

    Obrigada pelo elogio.
    Esta publicação é obra de Claude.

    Abraço !

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  2. EDILMA : Parabéns pelo seu texto . Quem não conhece pelo menos uma vez na vida , a angustia do vazio ? Amei suas palavras . bjs, Rosa

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