Meu filho adora brincar com massinha colorida.
Não é tóxica. Mas gruda nas unhas.
Eu adoro escrever versos.
É tóxico e mancha a alma.
Meu filho fácil fácil gripa.
Tosse, tosse, tosse.
Dou-lhe xarope,
um expectorante gelado.
Enquanto meus pulmões
continuam chorando cinzas.
Meio-dia, domingo,
meu filho foi à missa com a tia.
Eu me ajoelho diante do teclado.
Rezo baixinho o que permite a mente.
De acordo com a vontade dos dedos.
Meu filho acabou de chegar:
"Pai... meu coração está doendo..."
"Playstation ou you tube de jogos?"
"Computador, pai... termina logo esse poema..."
Meu filho está ótimo.
Empurrou-me da cadeira giratória.
Apoderou-se do meu confessionário.
Criadores & Criaturas
"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata."
(Carlos Drummond de Andrade)
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domingo, 7 de fevereiro de 2010
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4 comentários:
Lindo.lindo.lindo !!!
Sacerdotisa,
é a nossa inocência
vazada pelos vãos
dos dedos...
Carinhoso abraço.
Buñuel,
Assim não vale !!!
Essa é "hors concours" !
Um terno abraço
Corujinha
Corujinha Baiana,
tua sensibilidade me basta...
Carinhoso abraço.
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