quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

o mais próximo de um devaneio

Saiba meu amor inconteste
habitante de um mundo utópico
quando vier aos meus lábios seu beijo
guardarei as armas, os papéis, a bebida
serei o mais puro dos homens e o mais correto.

Saiba coisa adorada longínqua
ente virtual de uma lenda desconhecida
quando cair sobre meus cílios sua lágrima
pousarei minhas asas de fogo no guarda-roupa
serei o mais belo dos homens e a mais sincera criatura.

Saiba formosura minha pétala noturna
mulher das mil quimeras e arroubos dilacerantes
quando seu silêncio penetrar por minha alma adentro
darei um jeito nos meus cascos de bode e nos meus olhos tristonhos.

Minha última gota de sangue
ofereci à sua imagem
ontem tarde da noite
oculto entre sombras.

Agora o meu sorriso:
somente na presença do seu corpo
meu nariz debaixo dos seus cabelos
meu espírito tragado por seu perfume.

4 comentários:

  1. Buñuel,
    Dos que eu já tive a oportunidade de apreciar, esse,com certeza, é um dos melhores.

    Um terno abraço,
    Corujinha

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  2. Corujinha tem razão... Não comparo com os demais ,mas fico com esse pra preencher o vazio de um sonho.
    Domingos, esse vai viver no livro !


    Abraços.

    desconfio que nunca virás
    E se algum dia chegastes
    Eu dormia...
    Quem sabe na meninice angelical
    quando a saudade de outra vida
    em mim vivia ?
    Adoro o p´roximo,
    como desconfio do longínquo
    mesmo assim atiro-me,
    coração e alma ,
    na pira do amor benvindo.

    Nos pingos de uma vela
    eu sorvo
    o meu Eros descortinado
    Imploro a compaixão de afrodite
    pago todo o meu pecado
    de amar assim ,
    o inusitado !

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  3. Corujinha tem razão... Não comparo com os demais ,mas fico com esse pra preencher o vazio de um sonho.
    Domingos, esse vai viver no livro !


    Abraços.

    desconfio que nunca virás
    E se algum dia chegastes
    Eu dormia...
    Quem sabe na meninice angelical
    quando a saudade de outra vida
    em mim vivia ?
    Adoro o p´roximo,
    como desconfio do longínquo
    mesmo assim atiro-me,
    coração e alma ,
    na pira do amor benvindo.

    Nos pingos de uma vela
    eu sorvo
    o meu Eros descortinado
    Imploro a compaixão de afrodite
    pago todo o meu pecado
    de amar assim ,
    o inusitado !

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  4. Se duas almas tão sensíveis
    mergulham nos versos
    certo estou
    que algum peixe trazem
    nas palavras e no silêncio..

    Corujinha Baiana,
    Socorro

    abraço-lhes
    carinhosamente.

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