segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Reza para as quatro almas de Fernando Pessoa - Adélia Prado

Da belíssima "Ode à noite antiga"


resulta que eu entendo, limpo de esforço


e vaidade, se nos fosse possível:


da oração verdadeira nasce a força.


Ninguém se cansa de bondade e avencas.


Os rebanhos guardados guardam o homem.


Todos que estamos vivos morreremos.


Não é para entender que nós pensamos,


é para sermos perdoados.


Pai nosso, criador da noite, do sonho,


do meu poder sobre os bois,


eis-me, eis-me.


Um comentário:

  1. Adélia Prado - Estrela a brilhar no céu da nossa poesia contemporânea.

    Valeu, Sauska !

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