domingo, 11 de abril de 2010

Luz - por Raquel Martins



Na casa há maçanetas e treliças,
mas
a porta do meu quarto não tem chaves.
Todo mundo vê
a magreza do meu lombo cansado de trabalhar.
Todo mundo vê o flagelo do meu sexo cansado de amar.
Todo mundo vê meu rosto esmaecido,
meus cabelos brancos desmaiados e meus olhos...
Ah, meus olhos!
apesar de tudo, iluminados.
.
Sarça. Foto de MVítor

2 comentários:

  1. Belíssimo poema.
    Lugubremente luminoso.
    Cintilamente alcova.

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  2. sim, é um belíssimo poema.
    Sua autora é Raquel Martins,
    uma jovem poeta paulista que reside em BH.

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