domingo, 11 de abril de 2010

Poema empírico.

Eu decanto os versos
De cada poema,
Como quem corta os pulsos
Que a vida condena.
Olhos com dentes
Que mordem as lágrimas
Que riem, murmuram pensamentos
Nasce a poesia erguida ao sol
Com a mistura da cal, concreto e cimento.
Do beijo, palavra... Do hálito
Da boca sedenta brotam os versos
Dos músculos falidos
Que a realidade sustenta.

Foto: Vitor Raposo

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