sexta-feira, 28 de maio de 2010

Aborígene

Pergunte ao homem
posto pra fora do palácio

se já encontrou paz
debaixo da ponte

apesar da lua cheia agora
e das estrelas faiscantes.

Não há alegria.
Meu velho.

E sempre será assim toda noite
esse jeito mesquinho de sofrer
lembrando dos batons dela.

Nesta hora dançam-lhe os lábios
ao encontro daquele rosa.

Ou prefira ela hoje sexta o vermelho
que lhe ferra a fogo a boca.

Nenhum comentário:

Postar um comentário