Quando a poeira assentar.
Quando retornarem os passarinhos.
Quando eu encontrar o tesouro debaixo do arco-íris.
Então poderás me dar as chaves da casa.
Aproveita e sorri sequer uma vez para este moço velho poeta.
A culpa por todos os desastres do universo minha somente.
Então não disfarces tua vitória tua infinda alegria.
Dá-me as chaves da casa.
Do cadeado.
Da porta.
Aproveita o embalo e dança um pouco.
Mostra-me teu corpo.
Aquele sinalzinho abaixo da virilha
ainda é a sombra de uma lágrima?
Quando eu fugir deste quarto.
Quando eu abrir a porta deste quarto.
Quando eu deixar os poucos livros para trás.
Então é hora de chorares.
Aproveita e conta pro meu filho
que sempre fui um apaixonado
pela vida dos objetos:
sobretudo pela xícara
do cafezinho.
Criadores & Criaturas
"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata."
(Carlos Drummond de Andrade)
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segunda-feira, 24 de maio de 2010
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2 comentários:
Domingos,
A-D-O-R-E-I este seu texto. Vivi a cena, vesti o cenário, bebi a situação. Tocante!
Abraço,
Claude
Domingos,
Felizes de nós que temos você !
Abraço !
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