sexta-feira, 11 de junho de 2010

Sono Profundo

A cabeça debaixo do chuveiro
imagino a dor das traças.

Quanto mais comem papel
menos entendem das palavras.

Os papiros sagrados
devem ser lidos
aos suspiros

de acordo com o tempo
e com o vento da montanha.

Esqueçam seus livros
quando pensarem em Deus.

Esqueçam seus livros
quando se amarem.

Não abram a boca.

Senão para beijos
e louvores.

Os meus livros agora dormem.
Dormir: verbo predileto
dos travesseiros.

2 comentários:

  1. Domingos,

    O seu sono ainda não chegara a 01:45 da manhã...
    Para o nosso deleite, e se tornar profundo depois dos versos escritos...

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  2. O meu fantasminha
    quando não vai trabalhar
    no dia seguinte
    tem mania de insônia.

    Então (como gentil hospedeiro)
    faço-lhe companhia.

    Edilma,
    carinhoso abraço.

    Sempre é muito agradável
    ouvi-la.

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