quinta-feira, 8 de julho de 2010

Casa de Infância
- Claude Bloc -


Volto a este útero macio que me acolhe
Casa da infância
Quase em degredo...
Busco este sentimento
Infinito
Contido em si mesmo
Inesgotável, concêntrico
Revigorado...
Encontro portas abertas
E deixo-me ficar neste abraço
Gentil e materno
Nesta morna e suave acolhida.
Nada é tão forte
Quanto a ânsia de percorrer
Esta obra de arte esculpida em minha saudade...
A cada passo, um gesto, um suspiro
O tímido afago nos recantos queridos
A sensibilidade intuitiva
De poder reconhecer
Dentre as sombras e o abandono
A perfeição
A paz de um momento absoluto.
***
Foto: Bertrand Bloc
Texto: Claude Bloc (2008)

4 comentários:

  1. Parabéns Claude! Muito sentimento nas suas recordações.

    Abraços


    Magali

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  2. "Esta obra de arte esculpida em minha saudade"...
    Isto é muito bonito! Vendo a foto e sentindo o poema. A Claude. Quanta singeleza
    E enfrentamento.
    Quanto sofrimento e beleza...
    A Claude.

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  3. Obrigada, Magali,
    Obrigada Zé Nilton,

    Pelas palavras e por me acompanharem em meu sentimento.

    Abraço,

    Claude

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  4. Vim fazer um comentário grifada,que me grifou,mas já o fizeram por mim,o Zé Niltom foi fisgado igual a mim,pelo o poema é claro,mas a fraze...

    "Esta obra de arte esculpida em minha daudade...

    Não tenho mas nada a dizer, a não ser te mandar beijos e ler e reler.

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