quarta-feira, 18 de agosto de 2010

INDIFERENTE - de José Alves Figueiredo

Dedico este texto de José Alves Figueiredo
aos amigos Magali e Carlos Eduardo


Essa que tem no olhar a luz da estrela
Que brilha lá na cúpula infinita,
Essa mulher franzina e tão bonita
Que de verbena toda se constela.

Essa que quando canta a voz imita,
De um rouxinol a cantilena bela,
Que faz minh'alma estremecer ao vê-la
Como o galerno à frágil margarita,

Sem ter ouvidos para o meu tormento,
Passa sorrindo, fria, indiferente,
Esquecida de um velho juramento...

Tento evitá-la - finjo aborrecê-la
Porém mais sinto essa paixão fremente,
Mais sinto procurá-la e mais querê-la !


Fonte: Livro: Versos Diversos
Crato - 1978

2 comentários:

  1. Obrigada Claude. E a sexta, vai dar certo?

    Abraços

    Magali e Carlos.

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  2. Grande escritor ! Muito bom poder conhecê-lo melhor.

    Abraços.

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