terça-feira, 2 de novembro de 2010

Café - Por Everardo Norões

Everardo, Sônia e Joaquim Pinheiro - foto: Claude Bloc



CAF�

Desencarno ar�bias
de uma x�cara morna
de caf�.
E um fio negro
me assedia a boca.

(Atrav�s da janela
o galho de pitanga
ostenta seu adorno
encarnado).

Viajo
pelo negror do p�:
Dar-El-Salam,
Bombaim,
�den
(sem Nizan, sem Rimbaud):
as colinas ocres,
a poeira dos dias.

De onde vem o gr�o
dessa saudade?

Desentranho ar�bias
dessa x�cara fria.
Enquanto aguardo o dia
que n�o chega.

Desacordo e sorvo
a sombra morna
do que sou
na borra
do caf�.


Nenhum comentário:

Postar um comentário