quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Fractais- Por Everardo Norões



Pelo mergulho

das sombras

calculo o itinerário da luz.

Meço

os contornos de nossas ruínas

na matemática particular

dos desesperos.

Abro a janela

Da página do sonho:

Soletro devagar, o Aywu rapitá:

o ser do ser da palavra

(flor pronunciada

entre as estrelas.)



A noite

Desaba sobre as telhas

Na explosão de um meteoro.

Conto estilhaços,

recomponho parábolas:

um mínimo do que sou

lembra as fronteiras

do Universo.


De
RETÁBULO DE JERÔNIMO BOSCH


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