O Darlan pôs os pontos nos “is”. Dilma teve 77% dos votos válidos no Crato e o povo comemorou. Não foi o silêncio do momento da votação. Mas para o prefeito Samuel Araripe, através de sua assessoria não há, como no discurso de Serra um “respeito e humilde a voz do povo nas ruas”. Não teve nenhuma comemoração, na noite de domingo, pela democracia ter funcionado tão bem e assim se manifestou Dilma e Serra ao agradecerem aos eleitores.
No entanto, a prefeitura do Crato tem uma imensa semelhança com o candidato derrotado: ambos se acham herdeiro natural do latifúndio. Pensam no mundo como apenas a propriedade natural deles próprios. O discurso do candidato apenas agradece aos que carregaram “a bandeira com o Serra 45”, esquece completamente o PSDB e o projeto de país do partido. Mesmo quando amplia seu olhar além dos votos que teve, ele se refere aos governadores e não ao partido.
Como certas práticas do paroquialismo de arrabalde, o candidato derrotado não entende o esforço contra a maré do Senador Aécio Neves e não o agradece, apenas o faz a Geraldo Alckmin. Mas a vulgaridade do nosso pensamento logo imagina: Geraldo tem uma secretaria para ele e Aécio apenas uma assessoria de gabinete. Mas não é isso, o buraco é mais abaixo, o Serra quer ser presidente a qualquer custo e não pode ao menos ter a humildade de agradecer o esforço do governador de Minas. Engano, o PSDB que sobreviverá a mais uma derrota na presidência, tem o maior número de governadores entre os partidos e eles enfrentarão os caciques da oligarquia paulista do partido. Até mesmo o Geraldo não dará mão à ambição do derrotado.
Numa coisa o Serra teve consciência, ele não é bobo igual a máquina eleitoral do Crato, tem inteligência estratégica. Reconheceu o grande desafio que foi enfrentar a sucessão de Lula: “Nestes meses duríssimos, quando enfrentamos forças terríveis...” Claramente querendo cavar a trincheira do que ele construiu nesta campanha e que agora disputará no campo da direita política com o centro e a esquerda.
Além de uma estratégia ele já identificou os elementos táticos: na internet. No twitter, nas redes sociais, e-mails, blog e site este espaço aberto e pantanoso que tende a solidificar o solo e se tornar uma plataforma essencial no futuro. Numa base sólida o Serra terá os elementos táticos, mas não poderá usar as mesmas táticas desta campanha. A tática do ódio, do achincalhe, da denúncia vazia, da manipulação, do estímulo ao conflito: o Serra guerra e ódio. Ali o campo será outro e o contraditório haverá, basta ver o que aconteceu quando ele radicalizou as posições.
O candidato não tem uma grande inteligência histórica, mas aprendeu na política e por isso lança o próprio recomeço. Para ele, para os eleitores dele e dos governadores do PSDB não é um recomeço, é a continuidade com a responsabilidade de governarem grandes estados, de legislarem nas assembléias e no Congresso Nacional. Portanto, igual ao que acontece no autismo do Crato, o recomeço é apenas do Serra e não do PSDB. Até ao usar o plural majestático ele não consegue se desanuviar do imenso egocentrismo: Por isso a minha mensagem de despedida neste momento, não é um adeus é um até logo. Não amigo de mim mesmo, o até logo é de Beto Richa, Geraldo, Aécio, Teotônio e outros para não cansar o distinto público.
Quanto ao presente do Crato, pelo que me contaram, é limpar o lixo deixado pela festa.
No entanto, a prefeitura do Crato tem uma imensa semelhança com o candidato derrotado: ambos se acham herdeiro natural do latifúndio. Pensam no mundo como apenas a propriedade natural deles próprios. O discurso do candidato apenas agradece aos que carregaram “a bandeira com o Serra 45”, esquece completamente o PSDB e o projeto de país do partido. Mesmo quando amplia seu olhar além dos votos que teve, ele se refere aos governadores e não ao partido.
Como certas práticas do paroquialismo de arrabalde, o candidato derrotado não entende o esforço contra a maré do Senador Aécio Neves e não o agradece, apenas o faz a Geraldo Alckmin. Mas a vulgaridade do nosso pensamento logo imagina: Geraldo tem uma secretaria para ele e Aécio apenas uma assessoria de gabinete. Mas não é isso, o buraco é mais abaixo, o Serra quer ser presidente a qualquer custo e não pode ao menos ter a humildade de agradecer o esforço do governador de Minas. Engano, o PSDB que sobreviverá a mais uma derrota na presidência, tem o maior número de governadores entre os partidos e eles enfrentarão os caciques da oligarquia paulista do partido. Até mesmo o Geraldo não dará mão à ambição do derrotado.
Numa coisa o Serra teve consciência, ele não é bobo igual a máquina eleitoral do Crato, tem inteligência estratégica. Reconheceu o grande desafio que foi enfrentar a sucessão de Lula: “Nestes meses duríssimos, quando enfrentamos forças terríveis...” Claramente querendo cavar a trincheira do que ele construiu nesta campanha e que agora disputará no campo da direita política com o centro e a esquerda.
Além de uma estratégia ele já identificou os elementos táticos: na internet. No twitter, nas redes sociais, e-mails, blog e site este espaço aberto e pantanoso que tende a solidificar o solo e se tornar uma plataforma essencial no futuro. Numa base sólida o Serra terá os elementos táticos, mas não poderá usar as mesmas táticas desta campanha. A tática do ódio, do achincalhe, da denúncia vazia, da manipulação, do estímulo ao conflito: o Serra guerra e ódio. Ali o campo será outro e o contraditório haverá, basta ver o que aconteceu quando ele radicalizou as posições.
O candidato não tem uma grande inteligência histórica, mas aprendeu na política e por isso lança o próprio recomeço. Para ele, para os eleitores dele e dos governadores do PSDB não é um recomeço, é a continuidade com a responsabilidade de governarem grandes estados, de legislarem nas assembléias e no Congresso Nacional. Portanto, igual ao que acontece no autismo do Crato, o recomeço é apenas do Serra e não do PSDB. Até ao usar o plural majestático ele não consegue se desanuviar do imenso egocentrismo: Por isso a minha mensagem de despedida neste momento, não é um adeus é um até logo. Não amigo de mim mesmo, o até logo é de Beto Richa, Geraldo, Aécio, Teotônio e outros para não cansar o distinto público.
Quanto ao presente do Crato, pelo que me contaram, é limpar o lixo deixado pela festa.
Ainda tem gente querendo mudar de partido, querendo se filiar ao PSB.
ResponderExcluirO Galeguinho passou por debaixo da ponte, carregando lixo.
Valeu José do Vale. Você disse tudo como eu havia pensado.
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