quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Nuvens

- Claude Bloc - 


Sob as mãos invisíveis do tempo
O pensamento esculpe toda a mágica do céu...
Nuvens em cenas fantásticas
Passeios brancos
Em tempos sem tempo
Quadrante onde o sonho fica à espera
De mais uma nuvem passar.


Não sei bem por que
Nem sei bem pra que
Mas creio haver por aí
Em muitos (re)cantos do mundo
Nuvens assim: com um pouco de mim
Viajando comigo
Até onde eu possa recolhê-las
E para (re)conhecê-las
Me (re)faço
Para me tornar, quem sabe...
Completa


Claude Bloc


2 comentários:

  1. Ô menina que gosta de voar...nem em sonhos...

    Meus parabéns, minha querida amiga!

    DM

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  2. Aproveito para deixar um questionamento que sempre me veio à cabeça:

    Arte e Exibicionismo

    "Porque os poetas sempre falam de si ? Que desejo insaciável esse de mostrar ao mundo o que sente ( ou o que deveras sente ). Apreender um momento e transformá-lo em mera ilusão ?

    Seria a poesia alguma espécie de vaidade artística, de catarse, de desejo de arreganhar as entranhas e exibi-las ao cosmos ? Que arte estranha, a poesia! Mas a arte, de maneira geral, tem mesmo essa característica de exibicionismo.

    De fazer para ser belo. Para no ápice, se igualar ao criador. Ser um mini-criador.

    Mas...porque SER artista ? Para exibir dotes ? E como seria num universo sem apreciadores... porventura existiriam artistas ?"

    Dihelson Mendonça

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