Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


FOTO DA SEMANA - CARIRICATURAS

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quinta-feira, 24 de setembro de 2009

INVEJA DE EUMANO RODRIGUES

Por Zé Nilton

Muita inveja, mas muita mesmo sinto do Eumano Rodrigues nesses dias, quando postou nos nossos blogues sua intimidade ágape com o Ismael Silva.
Aquele cenário que ele falou da Rua Gomes Freire, eu vivi nos tempos em que morava no começo da Rua Riachuelo, muito memorada na literatura de Machado de Assis, como Rua Matacavalos.
Eu, chegado ao Rio em Fevereiro de 1973, circulava por ali, nas ruas paralelas que levam à Cinelândia, à Sala Cecília Meireles, ao Amarelinho, ao Teatro Municipal, à Biblioteca Nacional, ao Cine Rex, ao Cine Pathe, ao Clube Bola Sete, ao Palácio Monroe, ao aterro do Flamengo, à Igreja da Glória, à Rádio Globo... Aliás, na Rádio Globo, todas as noites me assentava num banquinho naquele imenso estúdio, e mandava notícias para os meus, através do programa do Adelson Alves, o amigo da madrugada.
Mas minha inveja do Elmano se deve ao fato de eu não ter tido a devida segurança e tranqüilidade ao me defrontar, nas imediações da rua Gomes Freire, com o mestre Ismael Silva, que morava, em 1974, numa quitinete, no primeiro andar, defronte para a rua Gomes Freire. Deixo as correções dessas localidades para o disseminador de livros na região do Cariri, o quixaraense Elmano Rodrigues.
Foi tudo muito rápido. Ele vinha tranquilho, subindo a Gomes Freire, todo de branco, com uma língua pendente na boca do lado direito, apoiado por uma bengala.
Eu, todo nervoso, falei: oh, grande Ismael Silva, sou seu fã. Ele olhou pra mim e disse: “muito bem”, e passou. Segui rumo à praça, acho que a Marechal Osório, em busca do terminal da Telerj, de onde me comunicaria com a minha noiva Cristina.
Ainda hoje guardo nas minhas retinas “tristes e fadigadas”, no dizer de Manuel Bandeira, aquele meu súbito encontro com um dos paradigmas do meu mestre soberano, Chico Buarque, e que não soube, como o fez o ilustre Eumano Rodrigues, desfrutar da sua humilde simpatia, convidando-o para comer um frango com quiabo, numa daquelas inúmeras lanchonetes da rua Gomes Freire.
Então, nesta quinta-feira, o Programa COMPOSITORES DO BRASIL vai homenagear o grande Ismael Silva, e será dedicado ao nosso Elmano Rodrigues, que de Brasília, sorte as bibliotecas carentes do nosso Cariri.
Quem ouvir, verá !

Austregésilo de Ataíde - ( 25 de setembro)

Quem sofre com serenidade sofre pela metade; quem muito se desespera multiplica a dor ( Frase de Austregésilo de Ataíde )
Mensagem sobre Filosofia

Jornalista e escritor pernambucano (25/9/1898-13/9/1993). Eleito para a Academia Brasileira de Letras em 1951, torna-se presidente da instituição em 1959, reelegendo-se para o cargo sucessivamente até sua morte. Belarmino Maria Austregésilo Augusto de Ataíde nasce na cidade de Caruaru. Estuda, durante anos, em um seminário no Ceará.

Muda-se para o Rio de Janeiro e forma-se em direito em 1922. Não chega a exercer a profissão, preferindo o jornalismo. Atua como diretor-secretário de A Tribuna e colaborador do Correio da Manhã. Em 1924 passa a dirigir O Jornal, então o órgão líder dos Diários Associados.

Belarmino Maria Austregésilo Augusto de Ataíde nasceu na cidade de Caruaru. Estudou, durante anos, em um seminário no Ceará. Mudou-se para o Rio de Janeiro e formou-se em direito em 1922. Não chega a exercer a profissão, preferindo o jornalismo. Atuou como diretor-secretário de A Tribuna e colaborador do Correio da Manhã.

Em 1924 passa a dirigir O Jornal, então o órgão líder dos Diários Associados. Opõe-se à Revolução de 1930, que leva Getúlio Vargas ao poder, e, logo em seguida, apóia a Revolução Constitucionalista de 1932. Preso, é obrigado a exilar-se na Europa e depois na Argentina. Volta ao Brasil apenas em 1933, reassumindo o cargo em O Jornal. Com a morte de Assis Chateaubriand, em 1968, integra a diretoria dos Diários Associados.


Além do jornalismo, dedica-se à literatura, publicando, entre outras obras, Histórias Amargas (1921), A Influência Espiritual Americana (1938), Vana Verba (1966), Epístolas aos Contemporâneos (1967) e Conversas na Barbearia Sol (1971). Morre no Rio de Janeiro.

Crato x Mauriti - Mauriti x Crato - Por Socorro Moreira


(Mauriti anos 50)


Desde menina faço esse percurso; em todas as idades fiz esse percurso, e hoje aconteceu, como em tantas vezes: Crato, Barbalha, Missão Velha, Milagres, Rosário, e Mauriti.
Antes de chegar, o banho no poço dos Dantas, vacaria e engenho velho, quase dentro da cidade. Casas de amigos, que não foram reformadas, a praça, a igreja, e a casa de Tia Auri.

Como podemos deixar de conviver com tanta gente que fez parte de todas as fases da nossa vida? 90 anos, e mais de 90 amigos. Metade , quase da sua idade; a outra metade quase da minha... E umas crianças, que estão animando a casa.
Procurei o fogão de lenha, o pilão, o pé de siriguela... Abracei e conversei com rostos familiares, que apesar do tempo passado, ainda me reconheceram. Procurei os batentes da igreja, aonde uma turma de meninas se reunia pra ouvir histórias, contadas no giz. Minha prima confessou, que tem histórias escritas e guardadas, mas não pensa em publicá-las. Considerei o pendor natural, que ela sempre teve, e fiquei curiosa para ler as prosas. Quem sabe? Ela nem desconfia que agora vivo pescando contos pro nosso alimento diário.
Tia Auri é linda e lúcida! Foi professora primária de várias gerações, e nos acolheu na infância e adolescência, quando passávamos por lá as nossas férias escolares. Vi o álbum de família, meus pais bem jovens ainda, e muita gente que ficou para trás. Emocionei-me com o presente. Estávamos todos ali, rezando, cantando, e nos deliciando com ótimos quitutes.

Meu olhar buscou o que nunca mudou. Meu pensamento recordou momentos de festas. Flertes na pracinha, e os meus pares de dança.
Maria ainda estava lá. Perguntei-lhe se ela ainda era louca por samba. Disse-me que já se aquietara. Perguntei-lhe pelos tachos de doce de leite, de goiaba, de canjica... Disse-me que o povo da casa já não come doce.
Mas ela estava lá, a nossa morena Maria, lata d’água na cabeça , fibra das mulheres que não envelhecem, perdem apenas a faceirice, e a vontade de ganhar o mundo, num samba de pé de serra. Acho que era lá pros lados da Palestina...!
Eu e Zélia resolvemos amiudar as nossas visitas, daqui pra frente. Afinal, tia Auri é a nossa última tia viva. Merece todos os nossos dengos, e ainda é tempo!


Hoje foi seu aniversário de 90 anos !

Visões de Porcelana

Agora é fria a asa da xícara
e o perfume do cafezinho
perdeu-se na saliva.

Dentro do meu corpo
uma alma saciada.

Contente com o que bebeu,
achando graça do objeto sobre a mesa.

O Silêncio de Socorro


Caros amigos e colaboradores.

Socorro fez uma pequena viagem para comemorar o aniversário de sua tia em Mauriti. Daí este silêncio.

Hoje eu também estou em Fortaleza, com acesso precário.

Coisas de gente normal.

Abraços a todos.

Continuem postando.

Logo retornamos.
.
Claude Bloc

Versos Vespetinos - Por Claude Bloc


Reduzo os dós
E os rés me preocupam
São meus acordes vespertinos
Sombreados , desassombrados.
.
Exploro o detalhe que subsiste
No épico da dor
Sopro meus recortes
Imprimo o verso
Essa teia delicada e musical.
.
Reduzo os dós da minha vida
Derramando na tarde
A emoção e o verso
Somo a métrica
Divido a rima
Me perco no contexto.


Texto e foto por Claude Bloc

Arraes, Lula e a pernada no complexo de Vira Latas - por José do Vale Pinheiro Feitosa

O Ex-Governador de Pernambuco, Miguel Arraes, sempre fez parte do meu universo afetivo. No entanto até chegar à vida adulta não me lembrava de ter conversado com ele. Fruto do Golpe Militar e do exílio do político. Em 1981 ou 82, estive pela primeira vez, numa conversa reservada com ele e mais um primo.

Lembro de duas impressões da conversa. Numa eu comentava a militarização do governo contra a população favelada aqui no Rio de Janeiro. Eu era médico numa favela e pelo menos duas vezes por mês a Polícia Militar invadia a favela, tomava o lar das pessoas sem mandato judicial, prendia pais de família diante dos filhos e depois soltava, pois não havia motivo para a prisão. Aquilo me parecia uma ação de “terror de Estado” com fins de humilhar e arrasar qualquer desejo de progresso daquela população.

Isso é um horror. Mas existe, já vi, por exemplo, Ali Kamel, expoente do jornalismo da Rede Globo, defendendo um decreto que proibia políticas de melhoria nas favelas. Este decreto caiu em desuso através do Brizola quando Governador. Era a célebre ganância de empreiteiras por terrenos. Por isso a questão da favela é territorial e não de um segmento da sociedade que precisa de progresso material e qualidade urbana. Eles querem os terrenos. Vejam as encostas do Jardim Botânico e do Morro dos Cabritos como se enchem de empreendimentos e de mansões. E são áreas urbanas privatizadas, com cancelas e milícias armadas para reprimir o direito de ir e vir.

Sobre este assunto, uma vez conversando com um Coronel da PM do Rio, meu colega num curso de especialização, ele me dizia: se os ricos têm milícias as comunidades pobres também querem. Aliás, é bem típico de toda sociedade hierarquizada, uma parte tenta imita os “vencedores” através de uma farsa maior ainda (os vencedores são igualmente farsantes). Os pobres querem escolas privadas, planos de saúde, vans piratas e milícias privadas. Se tiver um carrinho fuçado também deseja. Um shopping para usar as “grifes”.

Outro assunto com o governador eu até mesmo me achei um tanto ufanista. Comentava com ele a enorme capacidade deste povo que veio da zona rural, analfabeto, sem qualquer referência urbana e estiveram no cimento da industrialização brasileira. Todos operários do chão de fábrica, que atuam com máquinas sofisticadas, em processos de trabalho sistemático, nem bem uma década passada eram pobres camponeses. Ele ponderou sobre os acidentes e as doenças profissionais. Mas ponderei que o processo era mais importante para tais acidentes do que a inabilidade das pessoas.

Agora ao cerne da questão. O que mudou mesmo no Brasil? Tudo! Mudou e muito. Mudou de tal forma que muita gente não percebeu e pelo número de FDP chamando Lula de FDP até acho que os velhos conservadores já deram conta. Acontece que Lula é um presidente do cerne das duas questões com Miguel Arraes. Até por que o político nordestino é a matriz de toda esta nova geração. Sem as bandeiras dos anos sessenta o Brasil não teria chegado ao que chegou.
Por isso Lula fala do Brasil como um país que tem dignidade, se dar ao respeito e que “ninguém respeita ninguém que não respeita a si mesmo.” É o que esta gente que vivia presa a uma estrutura arcaica no campo, veio para cidade construir. Construir uma base de respeito e se fazer respeitada.

Quando escuto o discurso de certos conservadores tenho a sensação de que eles também irão progredir. Deixarão o complexo de vira lata e terão orgulho do seu povo e do seu país. Continuarão querendo o melhor só para eles, mas aí ninguém é perfeito. Nem poderíamos pensar que individualistas queiram o bem o comum.

Revolução Farroupilha - Por Rogério Silva

Tava pensando, na verdade, que sobre guerras quase não sei, não entendo e gostaria de entender que não é com guerras que se chega à paz, enfim, os homens se comportam de uma maneira inesperada. Mas hão de ver um dia que a paz se chega com a paz, a paz de espírito e de convenções. Entretanto fui à comemoração da Revolução Farroupilha, mesmo sendo gaúcho nunca tinha ido antes, por causa das minhas viagens longas fora do Sul, me surpreendi com a forte demonstração de civismo e conservação da cultura gaúcha, concordo que a história deve estar viva sempre em nossas lembranças, um pensamento só já faz parte dela.

Gosto de prender imagens em detalhes, coisas rotineiras, senhas de simplicidade do dia a dia, de gestos e olhares. Infelismente a máquina estava com uma resolução muito baixa e não pude fazer exatamente como desejava, mas vai um pouco dos costumes de um povo que tem na veia um sangue lutador. Abraços para todos!!!!!














CURIOSIDADE



























FAMILIA












No dia 20 de setembro, festeja-se no Rio Grande do Sul a Revolução Farroupilha, que eclodiu na noite de 19/09/1835, quando Bento Gonçalves da Silva avançou com cerca de 200 "farrapos" (ala dos exaltados, que queriam províncias mais autônomas, unidas por uma república mais flexível) sobre a capital Porto Alegre (que na época possuía cerca de 14 mil habitantes) pelo caminho da Azenha (atual Avenida João Pessoa). A revolta deveu-se em função dos elevados impostos cobrados no local de venda (normalmente outros Estados) sobre itens (animais, couro, charque e trigo) produzidos nas estâncias do Estado. Charqueadores e estancieiros reclamavam, ainda, de outros impostos: sobre o sal importado e sobre a propriedade da terra.


A revolução durou quase 10 anos, sem vencedor e vencido. O tratado de paz foi assinado em Ponche Verde, pelo barão Duque de Caxias e o general Davi Canabarro, em 28/02/1845.Em 1839, junta-se ao exército farrapo o corsário italiano Giuseppe Garibaldi. Os farrapos precisavam, após 4 anos de combates, acesso à Lagoa dos Patos e ao Oceano, que eram bloqueados pelos imperialistas assentados em Porto Alegre e Rio Grande, respectivamente. Para romper o cerco, resolveram sublevar Santa Catarina, onde possuíam simpatizantes. Para tanto, decidiram tomar a estratégica cidade de Laguna. Para tanto, Garibaldi mandou construir dois enormes lanchões numa fazenda do atual município de Camaquã (que dista cerca de 125 km de Porto Alegre), que foram arrastados entre o atual município de Palmares do Sul e a foz do Rio Tramandaí (no atual município de Tramandaí) sobre carreta de 8 rodas, por cerca de 200 bois. Em Araranguá, no Estado de Santa Catarina, o lanchão Rio Pardo naufragou; todavia, seguiram em frente com o lanchão Seival, comandados pelo americano John Griggs (apelidado de "João Grande"). Em Laguna, os lancheiros, apoiados pela tropa de Davi Canabarro, obtiveram grande vitória; e anexaram a Província, em 29/07/1839, denominando-a República Juliana. Em Laguna, Garibaldi encontrou a costureira Ana Maria de Jesus Ribeiro, que veio a se chamar de Anita Garibaldi, que o acompanhou nas andanças da guerra, a cavalo (a casa natal de Anita permanece preservada). Anos mais tarde, Garibaldi voltou para a Itália, para lutar pela sua unificação; por isso, é conhecido como "herói de dois mundos". Os imperiais retomaram Laguna em 15/11/1839. O tratado de paz celebrado em 1845 veio atender uma série de reivindicações, principalmente em relação a obtenção de tratamento mais justo por parte do governo imperial. O nome dos líderes farroupilhas está afixado em inúmeras ruas de municípios gaúchos. Em Porto Alegre, uma das principais ruas homenageia o pacificador Duque de Caxias.
A epopéia da Revolução Farroupilha criou grandes heróis, mitos e símbolos; os ideais e sentimentos inexpremíveis dos revoltosos farroupilhas continuam presentes e expressos nos símbolos do Estado do Rio Grande do Sul, constituídos pelo título "República Rio-grandense", e o lema "liberdade, igualdade, humanidade" (dentro de uma nação brasileira).


A revolução, que originalmente não tinha caráter separatista, influenciou movimentos que ocorreram em outras províncias brasileiras: irradiando influência para a Revolução Liberal que viria a ocorrer em São Paulo em 1842 e para a Revolta denominada Sabinada na Bahia em 1837, ambas de ideologia do Partido Liberal da época, moldado nas Lojas Maçônicas. Inspirou-se na recém-finda guerra de independência do Uruguai, mantendo conexões com a nova república do Rio da Prata, além de províncias independentes argentinas, como Corrientes e Santa Fé. Chegou a expandir-se à costa brasileira, em Laguna, com a proclamação da República Juliana e ao planalto catarinense de Lages. Teve como líderes: Bento Gonçalves, General Neto, Onofre Pires, Lucas de Oliveira, Vicente da Fontoura, Pedro Boticário, Davi Canabarro, Vicente Ferrer de Almeida, José Mariano de Mattos, além de receber inspiração ideológica de italianos carbonários refugiados, como o cientista Tito Lívio Zambeccari e o jornalista Luigi Rossetti, além de Giuseppe Garibaldi, que embora não pertencesse a carbonária, esteve envolvido em movimentos republicanos na Itália. A questão da abolição da escravatura também esteve envolvida.


(Pesquisa internet)

Bancários caririenses estão em greve

Em Assembléia Geral Extraordinária, realizada na noite de ontem, 23, os bancários do Cariri decidiram paralisar suas atividades profissionais com o objetivo de forçar os banqueiros a atenderem as reivindicações da categoria. Igual decisão foi tomada pela esmagadora maioria dos bancários dos 25 estados brasileiros e do Distrito Federal. No Cariri, a paralisação, no seu primeiro dia, atingiu todas as agências dos bancos oficiais.

As negociações envolvendo o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) estão em ponto morto. Os bancários pedem aumento real de 10% e os banqueiros só ofereceram 4,5%, o que não dá nem pra repor as perdas salariais acumuladas no último ano. Além do mais, os bancos querem reduzir a participação nos lucros e diminuir o auxílio-creche. Sem nenhuma outra opção, a categoria bancária decidiu pela greve por tempo indeterminado.

Hoje à noite, haverá uma nova assembléia para avaliar o primeiro dia de paralisação e planejar estratégias de mobilização.

ÍNDIOS DO BRASIL (I) - – AUTOR DESCONHECIDO

Carlos José e Gilda Abreu - Por : Norma Hauer

Em 22 de setembro de 1934 nasceu CARLOS JOSÉ, um dos poucos seresteiros ainda em atividade, ao lado de outros que não chegam a ser muito conhecidos, mas apresentam serestas sempre que têm oportunidade.

Carlos José nasceu em São Paulo e veio ainda criança para o Rio de Janeiro.
Conheci-o muito jovem, em Santa Teresa, iniciando-se como cantor, deixando de lado a carreira de advogado na qual se formou e não exerceu.

No ano de 2008 (em 12 de setembro), na festa pelo aniversário da Rádio Nacional, Carlos José apresentou-se no novo auditório da emissora (bastante reduzido, mas ainda espaçoso) sendo muito aplaudico, principalmente interpretando "Esmeralda", seu maior sucesso.

Foi Carlos José quem primeiro gravou várias composições de Luiz Vieira, dentre elas a "Guarânia da Saudade.

Atualmente, Carlos José faz parte de Diretoria da Socinpro, uma entidade criada em defesa do direito do intérprete. Outro Carlos (Galhardo) foi seu primeiro Presidente, exercendo o cargo por muitos anos, o que o fez afastar-se um pouco de suas atividades como cantor.

Aos domingos, na Rádio Nacional -AM, a partiir das 9 horas da manhã, Osmar Frazão apresenta o programa "Histórias do Frazão", no qual Carlos José é presença constante com suas gravações.

Não só Carlos José, mas Francisco Alves, Orlando Silva, Carlos Galhardo, Dalva de Oliveira, enfim, toda a turma que fez carreira no rádio dos anos 30, 40, 50 e 60 está ali presente com sua voz e sua SAUDADE.

A Carlos José,minhas felicitações pela data de hoje.E que continue em sua atividade nos trazendo a beleza das serestas na pureza de sua voz.

GILDA DE ABREU
Foi em Paris que GILDA DE ABREU nasceu, no dia 23 de setembro de 1904, filha de pais brasileiros (a mãe era uma cantora de nome Nícia Silva, bastante conhecida na época e que fora se apresentar em Paris.)

Registrada no Consulado Brasileiro, veio ainda pequena para o Brasil. Sendo filha de uma cantora lírica, era natural que desde pequena vivesse no meio teatral, despertando assim o gosto pela música.

Estreou no Teatro Recreio, ali próximo à Praça Tiradentes, apresentando a peça de Luis Iglesias e Miguel Santos "A Canção Brasileira".

Em 1935 estreou no cinema com "Bonequinha de Seda", apresentando uma música que fez muito sucesso :

Boneca de pano escondia
Um coração sonhador
O destino lhe deu um certo dia,
Um lindo sonho de amor..."

Tendo em 1920 conhecido o cantor Vicente Celestino, com ele se casou em 1933, formando uma dupla de cantores que, dentre outras melodias, gravaram "Ouvindo-te" na qual ela fazia a contra-voz.

Acompanhando a carreira de Vicente, dirigiu-o em dois filmes baseados em letras de suas composições:"O Ébrio", um dos maiores sucessos do cinema brasileiro de então (1946), sendo ainda hoje considerado uma das maiores bilheterias do cinema nacional; dirigiu também Vicente (aqui ambos trabalharam) em "Coração Materno", tanto no cinema como no teatro.

Gilda no total participou de 6 filmes, três como atriz e 3 como diretora.
Após a morte de Vicente, Gilda tornou a casar-se com uma pessoa bem mais nova (José Spinto) metido a cantor, que ficou com todo o acervo de Vicente , emprestando parte para o Museu Vicente Celestino, que funciona em Conservatória.

Só não entendo como Vicente tendo deixado um filho (estaria vivo quando Vicente faleceu?)e deixou, também uma neta, como Spinto ficou como único herdeiro? Acho que tem algo errado aí.

GILDA DE ABREU faleceu em 6 de junho de 1979, aqui no Rio da Janeiro.

Norma Hauer

Um costume deplorável – por Armando Lopes Rafael





Mudar os nomes das ruas de Crato. Vem de há muito esse lastimável costume dos vereadores cratenses. As ruas do centro, possuidoras de tradicionais e pitorescas denominações, tiveram seus nomes trocados por personagens desconhecidos da população cratense. O leitor sabe quem foi Senador Pompeu, Almirante Alexandrino, José Carvalho, Teófilo Siqueira, Coronel Secundo? Pois esses nomes substituíram denominações como: Rua de Santo Amaro, das Laranjeiras, do Pisa, da Glória, Formosa, Grande, do Fogo, da Vala, da Boa Vista...
Vejamos um caso recente. Em 1998, intelectuais, professores e monarquistas caririenses procuraram os vereadores Ailton Esmeraldo e Edna Almino e solicitaram um projeto dando o nome de Imperatriz Leopoldina a uma nova rua de Crato. Foram de pronto atendidos.
Colocada a matéria em votação, uma surpresa: alguns vereadores alegaram desconhecer quem fora e qual a participação que tivera a Imperatriz Leopoldina na história do Brasil. O presidente da Câmara Municipal, Cláudio Gonçalves Esmeraldo, usou de bom senso. Convidou-me a comparecer à sede do legislativo cratense para proferir palestra sobre a primeira imperatriz brasileira. Assim o fiz. Ao final da minha fala o projeto foi colocado em votação sendo aprovado por 20 votos a favor e uma abstenção: a do vereador petista Amadeu de Freitas. Àquela época, os adeptos do Partido dos Trabalhadores se apresentavam com um ar de superioridade. Julgavam-se os “donos da verdade”, verdadeiros vestais da ética, críticos de tudo... Em 2003, o PT chegou ao poder. Deu no que deu... Mas essa é outra história.
Voltemos ao troca-troca dos nomes das ruas de Crato. O ex-prefeito Raimundo Bezerra sancionou a Lei nº. 1.774 de 10 de junho de 1998, denominando de “Rua Imperatriz Leopoldina” a artéria que tem inicio ao lado direito da Avenida Padre Cícero – sentido Crato-Juazeiro – e dá acesso ao Parque Getúlio Vargas-Morro da Coruja, em toda a sua extensão. Existem vereadores na atual legislatura, possuidores de mandatos em 1998, que se lembram do episódio acima relatado.
Recentemente, os vereadores (provavelmente desconhecendo o fato de aquela via pública já ter nome oficial) aprovaram nova denominação para a rua. Pela nova lei passou a se chamar Rua Orestes Costa. Este, aliás, já fora homenageado anteriormente como a colocação de seu nome em duas ruas de Crato: a avenida que passa ao lado da Grendene e outra rua o bairro Granjeiro. Nada contra o Sr. Orestes Costa, cidadão de bem, cujo legado de honestidade e ética faz parte da memória da Cidade de Frei Carlos. Ele merece ser homenageado. O que constrangeu, e até revoltou muita gente, foi a cassação da Imperatriz Leopoldina como patrona de uma rua de Crato e o Sr. Orestes Costas "emplacar" 3 ruas com seu nome em Crato. Um autêntico tri-campeão...

Texto: Armando Lopes Rafael

A IMPORTÂNCIA DA ÉTICA GRECO-CRISTÃ NO MUNDO CONTEMPORÂNEO


“o que menos se sabe a respeito de qualquer coisa é o princípio dela” Renë Alleau

O que menos se sabe a respeito da ética é a sua natureza ontológica. Fala-se muito em ética e sabe-se muito pouco dela. Por isso, confundimos a ética com a moral (que é uma decorrência da qualidade da ética que escolhemos seguir). Por que é tão difícil entender o domínio ontológico da ética? Simplesmente porque não está na dimensão da razão. Ela transcende a razão. A natureza ontológica da ética está no campo da sensibilidade humana. A mesma dificuldade que temos para explicar o gosto da água temos também (num nível superior) de compreender a essência da ética. A ética de Cristo não era a ética dos seus carrascos. A ética de Sócrates e Gandhi não era a mesma de seus conterrâneos e oponentes.

Em outras palavras, a ética não é um único caminho onde todos se realizam e se relacionam enquanto espécie humana. A ética precisa ser entendida como um modo de conceber a realidade e agir sobre ela em dois sentidos: o material e o espiritual. A ética no sentido material é aquela que concebemos como moral – lugar dos hábitos, dos costumes e das regras sociais. E a ética no sentido espiritual é aquela que os gregos concebiam como Ethos, ou seja, a morada da alma – o caráter! E Cristo denominava esse lugar da consciência humana como sendo o Reino de Deus.

Nesse sentido, o Ethos e o Reino de Deus é o lugar dos valores universais do Amor, da Paz, da Sabedoria, do Perdão, da Cooperação e todos os valores positivos da transcendência humana. Podemos, então, denominar esse caminho de conduta, de Ética greco-cristã. A ética greco-cristã transcende a ética moralista da modernidade utilitarista e pragmatista. O sentido da ética funda, portanto, dois mundos: o mundo moderno utilitarista e o mundo tradicional espiritualista. O primeiro mundo (objetivo e concreto) se transforma quando o homem emprega sua energia e consciência no sentido determinado pelos valores da ética materialista-utilitarista.

As guerras são manifestações das conseqüências danosas da ética materialista agindo na psique do homem moderno. As interpretações ideológicas apenas fomentam as ações humanas no processo de produção de valores materialistas-capitalistas. O segundo mundo (subjetivo e sutil) se transforma quando o homem emprega sua energia e consciência no sentido determinado pelos valores da ética espiritualista-transcendentalista.

A paz, a bondade, a fraternidade, a irmandade são manifestações das conseqüências benéficas da ética espiritualista agindo na psique de qualquer homem (moderno ou não-moderno). Enquanto no primeiro mundo a razão e o instinto são os motores e impulsionadores da realização humana, no segundo mundo a intuição, a fé e a sensibilidade são as bases e fontes do poder de construção e realização que operam o milagre de tornar o homem um fenômeno incomum por ser capaz de ser consciente de si e Positivo em si mesmo e, portanto, livre da tutela da ética materialista-utilitarista e seus valores morais negativos.


Na ausência da práxis da ética greco-cristã, temos hoje um mundo altamente progressista e competitivo em busca de bens materialistas porém extremamente carente e débil em bens espiritualistas. Devemos lembrar que Cristo nos alertou da existência e do impacto desses dois mundos quando afirmou: “Não podeis seguir a dois senhores”. Ele disse ainda: “Não podeis seguir a Deus e a Mamon [lucro]”...”Dai a Cézar o que é de Cézar – Dai a Deus o que é de Deus”.

Programa Cariri Encantado com Marcos Leonel

Marcos Leonel é um dos maiores poetas do Cariri. Autor do livro Depois da Capela tem um Abismo, publicado pela Kabalah Editorial (Recife, 2007), que traz um longo poema, escrito em meados dos anos 80, dividido em doze cantos, cada um com oito estrofes, cada uma com oito versos, com imagens e impressões de um andarilho que sobe a serra do Horto, a caminho do Santo Sepulcro, depois da estátua do padre.

Marcos Leonel, graduado em Letras e Linguística pela Universidade Regional do Cariri, também é um conceituado professor de literatura, tanto de colégios de ensino médio como de cursinho pré-vestibulares, mas, também, é atração do programa Multimídia, apresentado semanalmente na TV Verde Vale, onde comenta os últimos e concorridos lançamentos literários.

Marcos Leonel, por fim, é músico e compositor, guitarrista da banda Nacacunda, uma das pioneiras da cena roqueira do Cariri cearense.

No programa Cariri Encantado desta sexta-feira, 25, das 14 às 15 horas, na Rádio Educadora AM 1020, Marcos Leonel será o entrevistado e suas composições serão tocadas (músicas da banda Nacacunda e parcerias suas com Pachelly Jamacaru e Bá Freire).

O programa Cariri Encantado é apresentado por Luiz Carlos Salatiel e Carlos Rafael Dias e tem o apoio do Centro Cultural BNB Cariri.

Pensamento para o Dia 24/09/2009


“De tempos em tempos, o poder Divino assume numerosas formas. Nos devotos, ele brilha como o fogo da sabedoria (Jnana-Agni). Nos não-devotos, ele queima como o fogo da raiva (Krodha-Agni) ou o fogo do desejo (Kama-Agni). Hoje, o homem possui esse fogo (da raiva etc.) em seu coração e tornou-se uma vítima do medo e da ilusão. Todos os outros tipos de fogo acalmam-se no tempo devido, mas esses fogos (da raiva etc.) nunca cessam completamente. Eles podem inflamar a qualquer momento. Como, então, esses fogos são extintos definitivamente? O desapego (Vairagya) e o amor (Prema) são os dois requisitos para extinguir esses fogos. Somente através do amor o homem pode alcançar a paz.”
Sathya Sai Baba

Abidoral Jamacaru, hoje, no Centro Cultural BNB, Por Pachelly Jamacaru

Estou indo a Fortaleza, deixo vocês com a imagem do mano que fará Show hoje, dia 24, no CCNBN em Juazeiro do Norte, as 18.30h, pontualmente. Na ocasião, Abidoral estará lançando o CD Bárbará e apresentará músicas inéditas do seu repertório. Prestigiem!



Foto: Pachelly Jamacaru