Criadores & Criaturas
"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata."
(Carlos Drummond de Andrade)
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sábado, 20 de novembro de 2010
Saudade desgovernada - Por Socorro Moreira- (Inspirada num poema de Aloísio)
Saudade - Aloísio
Saudade enjoada que chegou agora
Abriu um espaço em meu peito
Saudade que quero mandar embora
Não se instale assim desse jeito!
Com sua maneira de ser indiscreta
Atacando o calo dos meus sentimentos
Eu busco saída nas brancas e pretas
Num jogo inventado pra esses momentos
Jogo tudo pra cima pra curar minha dor
Mergulho num mar de imensa amplidão
Saio de lá enxugando minha alma
Curando as feridas do meu coração
Aloísio
Tárrega
wikipédia
AQUARELANDO FLORES...
Que nossa raça seja una,
.
Perfil de amigos - Por Socorro Moreira
PROGRAMAÇÃO DESTE SÁBADO, DIA 20.NOV.2010
19h00min: PÁSSARO DE VOO CURTO (Livre, 60min), Cia. Entremeios de Teatro
20h30min: BODAS DE SANGUE (12 anos, 50min), Grupo Centauro de Teatro
LOCAL:
Teatro Rachel de Queiroz
Rua Dom Quintino, 913 - Crato-CE
(88) 3523.2168 / (88) 8801.0897
Maria Alice !
Subterrâneo
se meu olho esquerdo
quando durmo
é traiçoeiro?
Quem enfeitiça meu olho esquerdo
anda por aí de bolsa vermelha
(claro que não rejeita
a parte mais secreta
da minha velhice) .
Sorri, abre a bolsa,
guarda o olho desleal
com tanta ternura
que até eu vacilo
imaginando que seria
fabuloso presenteá-la
o outro olho santinho.
Quando durmo
o meu olho esquerdo
tem livre-arbítrio
e o diabo adora
(com sua bolsa vermelha)
abre um sorriso leve
como quem diz "mocinho, não sabe
os segredos dentro da minha alma"
Rezo um pai nosso
ao dormir para que
o olho esquerdo
(na volta)
revele-me as maravilhas
e truques dentro da bolsa
da mulher.
Nao espero que o último poema
ainda esteja junto ao batom dela
(mas se quisesse o olho amigo
fazer-me feliz bastaria mentir) .
Mente (olho bendito)
diz que meu último poema
não serviu apenas para limpar-lhe
os lábios sujos de vinho e queijo.
Mata-me do coração (olho vistoso)
sussurra aos meus ouvidos que ela
ainda pensa no meu perfume
e às vezes suspira
pelo boticário daquela manhã
o patchouli da noite chuvosa
o men's club do primeiro beijo.
Acorda (olho bacana)
não fiques parado.
Pula do meu rosto.
Corre pra bolsa da mulher.
Ou do diabo (que seja) .
Mas corre,
chispa!
Perfil de amigos - Por Socorro Moreira
Edição Especial do Cariricaturas
Autores e/ou Colaboradores
* Tiago Araripe
* Bernardo Melgaco
* Pedro Esmeraldo
* Poesia da Luz
* Phelipe Bezerra Braga
* Zélia Moreira
* Maria Amélia Castro
jose nilton mariano saraiva
* Geraldo Junior
* elmano rodrigues pinheiro
* José de Arimatéa dos Santos
* Zé NIlton Figueirêdo
* Marcelo Mourão
*Jacques Bloc
*Ronaldo Correia de Brito
*Rosa Catarina
*Armando Rafael
*Bruno Pedrosa
*Jorge de Carvalho
*Olival Honor
* Aguardando confirmação
Abraços do Cariricaturas
(José do Vale, Claude, Edilma, Socorro e João Nicodemos : Administradores)
Coisas da vida... - José Nilton Mariano Saraiva
A cólera no Haiti e nos Haitianos - José do Vale Pinheiro Feitosa
Pela calha do Amazonas ela desceu, logo atingiu São Luis do Maranhão e nos caminhões de compradores de roupa da malha costureira de Pernambuco se espalhou no Nordeste. Aí vimos a expressão clara de que uma epidemia não é um fenômeno de um micróbio, ela é um fenômeno histórico, cultural, econômico e profundamente social.
Naquela época estava na Comissão Nacional que cuidava do assunto e conversei com muitos governadores da região. Joaquim Francisco de Pernambuco havia proibido comer peixe e tomar banho de mar. Resultado, matou uma das fontes de renda do Estado: o turismo. Fomos lá e mostramos que aquilo não tinha fundamento científico, que para pegar cólera num mar diluído, era preciso beber tanta água salgada que adoecia do volume e não da cólera. Que o peixe era apenas questão de higiene. Joaquim tomou banho em Boa Viagem para a imprensa filmar e fotografar e comeu uma boa peixada pernambucana.
Na Paraíba Cunha Lima passava por algo igual. Fizemos um plano para recuperar não apenas a cólera, mas a cólera que atacava o turismo da Paraíba. E mais ainda, não adiantaria se vangloriar que meu Estado não tem cólera para atrair os turistas amedrontados, o problema era de todos. Enfim a cólera é um problema de todos.
Esta situação do Haiti é muito mais do que um Terremoto, a desgraça política de um povo e a miséria de suas vidas. A cólera no Haiti é um crime da humanidade nestes tempos de salve-se quem puder. Tanto tempo e as verbas não chegam. Tanta desgraça e não tem efetivamente uma grande mobilização para ajudar o país. Tanta gente desempregada e os governos não têm a capacidade de estimular a esperança. Deixaram tudo abaixo da mão pesada e morta e dizem que invisível do mercado.
Olhem que a maior desgraça da cólera no Brasil, ali onde se viu a face terrível, igual a esta do Haiti, ocorreu em Fortaleza. Aliás, esta capital entre os anos 90 e esta primeira dezena dos anos dois mil, já sofreu dois grandes dramas inigualáveis: uma Epidemia de Cólera e uma de Dengue. Ambas sob a égide de Tasso Jereissati e sua grei. A Epidemia de Cólera apenas cessou quando os susceptíveis à doença se esgotaram, ou seja, quando todos os expostos à falta de água adquiriram a doença. O canal do trabalhador talvez tenha salvo o futuro da cidade e o Ceará tem uma proteção.
Só para se ter uma idéia: a cólera não atingiu o sudeste e o sul e a diferença foi água limpa para beber. O mundo é incapaz de dar água boa aos haitianos. Os haitianos têm razão de atacar o mundo. Dirão que é terrorismo, e alguém, com razão dirá: um terrorismo limitado e o outro, do resto da humanidade, provoca um genocídio em larga escala. E este genocídio no Mar do Caribe, tem o dedo infectados do EUA e ainda tem gente com antolhos e um espelho retrovisor olhando para as desgraças do comunismo soviético.
Não Importa ... - Por Rosa Guerrera
rosa guerrera
Fim do mundo ou um novo mundo ? - Por Rosa Guerrera
A poesia de Cora Coralina - Por Rosa Guerrera
Urgência da reforma política - Emerson Monteiro
Nonato Luiz lança CD hoje no Cariri.
O violão mais doce, potente e vibrante de Nonato Luiz vai nos encher de emoção nesse final de semana em Crato. O Cariri recebe “Estudos, Peças e Arranjos”, o mais novo trabalho do internacional violonista cearense e cidadão cratense. Assim ele se apresenta hoje no Teatro Municipal Salviano Arraes Saraiva.
Indicado como um dos melhores violonistas brasileiros da atualidade, Nonato Luiz nasceu em São José, distrito de Lavras da Mangabeira e, à partir de Fortaleza ganhou o mundo.
A música de Nonato Luiz reflete o seu estilo multicultural: sobre sólidas bases musicais nordestinas, passeia pelos clássicos, eruditos e populares, emprestando-lhes brilho, suavidade e muita harmonia. O título do álbum navega pelo esmero em um trabalho cuidadoso e rico em sons e ritmos, em música de grandiosa qualidade.
Em "Estudos, Peças e Arranjos" o violão de Nonato Luiz nos acompanha através da magia, do encantamento e da alegria de estar com ele. Em uma viagem que, juntos, nos transportaremos para um distante que não importa aonde vai se chegar.
Se devesse ainda persistir qualquer dúvida sobre a magia desta noite, ouça "Estudos, Peças e Arranjos” , executado por esse artista que adotamos como filho.
SERVIÇO
Show de lançamento do CD "Estudos, Peças e Arranjos" do violonista Nonato Luiz
DATA: 20 de novembro de 2010
LOCAL: Teatro Municipal Salviano Arraes Saraiva (Antigo Cine Moderno no Calçadão)
HORA: 20h
ENTRADA FRANCA
CONTATOS: Kaika Luiz - 8816.3062/9931.2138
PÉROLA NOS BASTIDORES - Por Zé Nilton
Quando a chuva molhar os teus sapatos, ó Sofhia,
É porque sereis mulher
E tua beleza nunca te permitirá
Sejas só,
Enquanto eu um solitário desse mundo
Estarei a anos luz
A contemplar-te
Como um dia "traduziu-te"
A tua avó.