Como vencer o diabo
se meu olho esquerdo
quando durmo
é traiçoeiro?
Quem enfeitiça meu olho esquerdo
anda por aí de bolsa vermelha
(claro que não rejeita
a parte mais secreta
da minha velhice) .
Sorri, abre a bolsa,
guarda o olho desleal
com tanta ternura
que até eu vacilo
imaginando que seria
fabuloso presenteá-la
o outro olho santinho.
Quando durmo
o meu olho esquerdo
tem livre-arbítrio
e o diabo adora
(com sua bolsa vermelha)
abre um sorriso leve
como quem diz "mocinho, não sabe
os segredos dentro da minha alma"
Rezo um pai nosso
ao dormir para que
o olho esquerdo
(na volta)
revele-me as maravilhas
e truques dentro da bolsa
da mulher.
Nao espero que o último poema
ainda esteja junto ao batom dela
(mas se quisesse o olho amigo
fazer-me feliz bastaria mentir) .
Mente (olho bendito)
diz que meu último poema
não serviu apenas para limpar-lhe
os lábios sujos de vinho e queijo.
Mata-me do coração (olho vistoso)
sussurra aos meus ouvidos que ela
ainda pensa no meu perfume
e às vezes suspira
pelo boticário daquela manhã
o patchouli da noite chuvosa
o men's club do primeiro beijo.
Acorda (olho bacana)
não fiques parado.
Pula do meu rosto.
Corre pra bolsa da mulher.
Ou do diabo (que seja) .
Mas corre,
chispa!
se meu olho esquerdo
quando durmo
é traiçoeiro?
Quem enfeitiça meu olho esquerdo
anda por aí de bolsa vermelha
(claro que não rejeita
a parte mais secreta
da minha velhice) .
Sorri, abre a bolsa,
guarda o olho desleal
com tanta ternura
que até eu vacilo
imaginando que seria
fabuloso presenteá-la
o outro olho santinho.
Quando durmo
o meu olho esquerdo
tem livre-arbítrio
e o diabo adora
(com sua bolsa vermelha)
abre um sorriso leve
como quem diz "mocinho, não sabe
os segredos dentro da minha alma"
Rezo um pai nosso
ao dormir para que
o olho esquerdo
(na volta)
revele-me as maravilhas
e truques dentro da bolsa
da mulher.
Nao espero que o último poema
ainda esteja junto ao batom dela
(mas se quisesse o olho amigo
fazer-me feliz bastaria mentir) .
Mente (olho bendito)
diz que meu último poema
não serviu apenas para limpar-lhe
os lábios sujos de vinho e queijo.
Mata-me do coração (olho vistoso)
sussurra aos meus ouvidos que ela
ainda pensa no meu perfume
e às vezes suspira
pelo boticário daquela manhã
o patchouli da noite chuvosa
o men's club do primeiro beijo.
Acorda (olho bacana)
não fiques parado.
Pula do meu rosto.
Corre pra bolsa da mulher.
Ou do diabo (que seja) .
Mas corre,
chispa!
Um comentário:
Um subterrâneo cheio de cheiros... O coração adora senti-los !
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