"Se formos parar para refletir um pouco, veremos que nesta terra, nada nos pertence. Somos meros guardiães temporários de tesouros alheios".
Criadores & Criaturas
"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata."
(Carlos Drummond de Andrade)
ENVIE SUA FOTO E COLABORE COM O CARIRICATURAS
FOTO DA SEMANA - CARIRICATURAS
claude_bloc@hotmail.com
segunda-feira, 9 de maio de 2011
PENSAMENTO DO DIA - Por Dihelson Mendonça
"Se formos parar para refletir um pouco, veremos que nesta terra, nada nos pertence. Somos meros guardiães temporários de tesouros alheios".
Profissão Repórter:Sem Sofisma e Fantasia,a Vida Como Ela É...E Era Só-Wilson Bernardo.
Pérola nos Bastidores- Jacques Bloc Boris
Jacques Boris disse...
A- Dor que gera tristeza
C- Flor que gera alegria
J- O sol nasce com a beleza
A- Transformada em poesia
C- A dor logo se esvazia
J- Com a caneta do coração
A- E assim vai o poeta
C- Dia e noite, noite e dia
J- Perdido com seus amores
A- Levando seu dia-a-dia
Programa Cariri Encantado Sonoridades - 11/05/2011
Onde escutar
Rádio Educadora do Cariri AM 1020 e www.radioeducadoradocariri.com
Alceu Valença defende Chico Cézar contra o "Forró de Plástico"
O Forró Vivo!
Vejo com muito bons olhos – olhos atentos de quem há décadas observa os movimentos da cultura em nosso país – a iniciativa do Secretário de Cultura do Estado da Paraíba, Chico César, de “investir conceitualmente nos festejos juninos”, segundo comunicado oficial divulgado esta semana. Além de brilhante cantor e compositor, Chico tem se mostrado um grande amigo da arte também como um dos maiores gestores da cultura desse país.
A maneira mais fácil de dominar um povo – e a mais sórdida também – é despi-lo de sua cultura natural, daquilo que o identifica enquanto um grupamento social homogêneo, com linguagens e referências próprias. Festas como o São João e o carnaval, que no Brasil adquiriram status extraordinariamente significativo, tem sido vilipendiadas com a adesão de pretensos agentes culturais alienígenas mancomunados com políticas públicas mercantilistas sem o menor compromisso com a identidade de nosso povo, de nossas festas, e por que não, de nossas melhores tradições, no sentido mais progressista da palavra.
Sempre digo que precisamos valorizar os conceitos, para que a arte não se dilua em enganosas jogadas de marketing. No que se refere ao papel de uma secretaria ou qualquer órgão público, entendo que seu objetivo primordial seja o de fomentar, preservar e difundir a cultura de seu estado, muito mais do que simplesmente promover eventos de entretenimento fácil com recursos públicos. É preciso compreender esta diferença quando se fala de gestão de cultura em nosso país.
Defendo democraticamente qualquer manifestação artística, mas entendo que o calendário anual seja largo o suficiente para comportar shows de todos os estilos, nacionais ou internacionais. Por isso apóio a iniciativa de Chico em evitar que interesses mercadológicos enfiem pelo gargalo atrações que nada tem a ver com os elementos que fizeram das festas juninas uma das celebrações brasileiras mais reconhecidas em todo o mundo.
Lembro-me que da última vez que encontrei o mestre Luiz Gonzaga, num leito de hospital, este me pedia aos prantos: “não deixe meu forrozinho morrer”. Graças a exemplos como o de Chico César, o velho Lua pode descansar mais tranquilo. O forró de sua linhagem há de permanecer vivo e fortalecido sempre que houver uma fogueira queimando em homenagem a São João.
Alceu Valença
MÃES SÓ MORREM QUANDO QUEREM
(Friedrich Nietzsche)
"Eu tinha 7 anos quando matei minha mãe pela primeira vez.
Eu não a queria junto a mim quando chegasse à escola em meu 1º dia de aula.
Me achava forte o suficiente para enfrentar os desafios que a nova vida iria me trazer.
Poucas semanas depois descobri aliviado que ela ainda estava lá, pronta para me defender não somente daqueles garotos brutamontes que me ameaçavam, como das dificuldades intransponíveis da tabuada.
Quando fiz 14 anos eu a matei novamente.
Não a queria me impondo regras ou limites, nem que me impedisse de viver a plenitude dos vôos juvenis.
Mas logo no primeiro porre eu felizmente a redescobri viva.
Foi quando ela não só me curou da ressaca, como impediu que eu levasse uma vergonhosa surra de meu pai.
Aos 18 anos achei que mataria minha mãe definitivamente.
Entrara na faculdade, iria morar em república, faria política estudantil, atividades em que a presença materna não cabia em nenhuma hipótese.
Ledo engano.
Quando me descobri confuso sobre qual rumo seguir, voltei à casa materna. Único espaço possível de guarida e compreensão.
Aos 23 anos me dei conta de que a morte materna era possível, porém requereria muita lentidão...
Foi quando me casei, finquei bandeira de independência e segui viagem.
Mas bastou nascer a primeira filha para descobrir que o bicho mãe se transformara num espécime ainda mais vigoroso chamado AVÓ.
Apesar de tudo, continuei acreditando na tese de que a morte seria bem demorada,
e aos poucos fui me sentindo mais distante e autônomo, mesmo que a intervalos regulares, ela reaparecesse em minha vida desempenhando papéis importantes e únicos. Papéis que somente ela poderia protagonizar...
Mas o final dessa história, ao contrário do que eu sempre imaginei, foi ela quem definiu:
Quando eu menos esperava, ela decidiu morrer...
Assim... sem mais nem menos... sem pedir licença ou permissão... sem data marcada ou ocasião para despedida, minha tese da morte bem demorada ruiu.
Ela simplesmente se foi, deixando a lição que mães não são para sempre.
Ao contrário do que sempre imaginei, são elas que decidem o quanto esta eternidade pode durar em vida, e o quanto fica relegado para o etéreo terreno da saudade..."
Autor desconhecido
Pérola nos Bastidores - Claude Bloc
A - Dor que gera tristeza
C - Flor que gera alegria
A - transformada em poesia
C - a dor logo se esvazia
A- e assim vai o poeta
C - dia e noite, noite e dia
A - levando o seu dia-a-dia.
C - Claude Bloc