Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


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segunda-feira, 9 de maio de 2011

PENSAMENTO DO DIA - Por Dihelson Mendonça



"Se formos parar para refletir um pouco, veremos que nesta terra, nada nos pertence. Somos meros guardiães temporários de tesouros alheios".

Dihelson Mendonça

Profissão Repórter:Sem Sofisma e Fantasia,a Vida Como Ela É...E Era Só-Wilson Bernardo.

Para alguns a pronuncia se torna uma estreita amizade,de quem se escuta a mais d quarenta anos de radio..."Seu Vicelma!eita é seu vicelma da radio!"É o que se ouve e falam dele quando andamos,em nossas caminhadas de reportagens,a fala mansa dos caboclos do cariri quando se deparam com o que eles acham parecido com um mito,a voz e o mito do radio caririense.Modéstia aparte,e o que não é do seu perfil,já que o mesmo é muito humilde e correto,mas o mito fica por denominação minha e da caboclada,que o reconhece pelas estradas desse velho e maravilhoso cariri.Estávamos em porteira cobrindo a maior chuva dos últimos anos daquela cidade,e Vicelmo atolou o pé na jaca,no leito do rio,onde foi uma das imagens engraçadas da viagem.Falar de Vicelmo,teria que ser um livro,pois tem muitas historias e uma única reportagem não seria suficiente,um grande comunicador,poeta e filosofo,que matuta como só os grandes mestres da cultura nordestina,o saber ouvir e degustar o tempo transformando em ideais suas sabedorias conceituais.
No leito do rio perdeu a bota,enquanto o moleque brincava de fotografo com sua maquina
A dura vida de repórter em campo em busca da melhor noticia fiel a realidade
Na volta a satisfação de rever amigos na caldeira do inferno em Brejo Santo
Refrescando a garganta a base de suco de laranja, enquanto eu registrava tudo
Wilson Bernardo(Texto & Fotografia)

Pérola nos Bastidores- Jacques Bloc Boris

Jacques Boris disse...


A- Dor que gera tristeza

C- Flor que gera alegria

J- O sol nasce com a beleza

A- Transformada em poesia

C- A dor logo se esvazia

J- Com a caneta do coração

A- E assim vai o poeta

C- Dia e noite, noite e dia

J- Perdido com seus amores

A- Levando seu dia-a-dia

Programa Cariri Encantado Sonoridades - 11/05/2011

Conexões musicais: A Cor do Som e o som da cor

A Cor do Som foi um dos mais importantes conjuntos musicais brasileiros de todos os tempos. Formado no Rio de janeiro, no ano de 1977, pelos irmãos Maurício Magalhães, o Mu, tecladista, e Dadi, contrabaixista, que já tinha integrado a lendária banda Os Novos Bahianos, - A Cor do Som contava com o virtuoso guitarrista Armadinho, filho de Osmar Macedo, fundador do pioneiro trio elétrico carnavalesco Dodô & Osmar; além de uma “cozinha” rítmica das mais competentes, formada pelo baterista Gustavo e o percussionista Ary.

O programa Cariri Encantado Sonoridades traz uma seleção de 11 músicas da banda, que constam dos discos Frutificar, de 1979, e Transe Total, de 1980. São composições refinadas e algumas delas foram sucessos radiofônicos e comerciais, como Abri a porta, de Gilberto Gil e Dominguinhos; Beleza pura, de Caetano Veloso, Palco, de Gilberto Gil, Zanzibar, de Armadinho e Fausto Nilo) e Semente de amor, de Mu e Moraes Moreira.

Onde escutar
Rádio Educadora do Cariri AM 1020 e www.radioeducadoradocariri.com

Alceu Valença defende Chico Cézar contra o "Forró de Plástico"

O Forró Vivo!

Vejo com muito bons olhos – olhos atentos de quem há décadas observa os movimentos da cultura em nosso país – a iniciativa do Secretário de Cultura do Estado da Paraíba, Chico César, de “investir conceitualmente nos festejos juninos”, segundo comunicado oficial divulgado esta semana. Além de brilhante cantor e compositor, Chico tem se mostrado um grande amigo da arte também como um dos maiores gestores da cultura desse país.

A maneira mais fácil de dominar um povo – e a mais sórdida também – é despi-lo de sua cultura natural, daquilo que o identifica enquanto um grupamento social homogêneo, com linguagens e referências próprias. Festas como o São João e o carnaval, que no Brasil adquiriram status extraordinariamente significativo, tem sido vilipendiadas com a adesão de pretensos agentes culturais alienígenas mancomunados com políticas públicas mercantilistas sem o menor compromisso com a identidade de nosso povo, de nossas festas, e por que não, de nossas melhores tradições, no sentido mais progressista da palavra.

Sempre digo que precisamos valorizar os conceitos, para que a arte não se dilua em enganosas jogadas de marketing. No que se refere ao papel de uma secretaria ou qualquer órgão público, entendo que seu objetivo primordial seja o de fomentar, preservar e difundir a cultura de seu estado, muito mais do que simplesmente promover eventos de entretenimento fácil com recursos públicos. É preciso compreender esta diferença quando se fala de gestão de cultura em nosso país.

Defendo democraticamente qualquer manifestação artística, mas entendo que o calendário anual seja largo o suficiente para comportar shows de todos os estilos, nacionais ou internacionais. Por isso apóio a iniciativa de Chico em evitar que interesses mercadológicos enfiem pelo gargalo atrações que nada tem a ver com os elementos que fizeram das festas juninas uma das celebrações brasileiras mais reconhecidas em todo o mundo.

Lembro-me que da última vez que encontrei o mestre Luiz Gonzaga, num leito de hospital, este me pedia aos prantos: “não deixe meu forrozinho morrer”. Graças a exemplos como o de Chico César, o velho Lua pode descansar mais tranquilo. O forró de sua linhagem há de permanecer vivo e fortalecido sempre que houver uma fogueira queimando em homenagem a São João.


Alceu Valença

MÃES SÓ MORREM QUANDO QUEREM

"Em geral, as mães, mais que amar os filhos, amam-se nos filhos."
(Friedrich Nietzsche)

"Eu tinha 7 anos quando matei minha mãe pela primeira vez.
Eu não a queria junto a mim quando chegasse à escola em meu 1º dia de aula.
Me achava forte o suficiente para enfrentar os desafios que a nova vida iria me trazer.
Poucas semanas depois descobri aliviado que ela ainda estava lá, pronta para me defender não somente daqueles garotos brutamontes que me ameaçavam, como das dificuldades intransponíveis da tabuada.

Quando fiz 14 anos eu a matei novamente.
Não a queria me impondo regras ou limites, nem que me impedisse de viver a plenitude dos vôos juvenis.
Mas logo no primeiro porre eu felizmente a redescobri viva.
Foi quando ela não só me curou da ressaca, como impediu que eu levasse uma vergonhosa surra de meu pai.

Aos 18 anos achei que mataria minha mãe definitivamente.
Entrara na faculdade, iria morar em república, faria política estudantil, atividades em que a presença materna não cabia em nenhuma hipótese.
Ledo engano.
Quando me descobri confuso sobre qual rumo seguir, voltei à casa materna. Único espaço possível de guarida e compreensão.

Aos 23 anos me dei conta de que a morte materna era possível, porém requereria muita lentidão...
Foi quando me casei, finquei bandeira de independência e segui viagem.
Mas bastou nascer a primeira filha para descobrir que o bicho mãe se transformara num espécime ainda mais vigoroso chamado AVÓ.
Apesar de tudo, continuei acreditando na tese de que a morte seria bem demorada,
e aos poucos fui me sentindo mais distante e autônomo, mesmo que a intervalos regulares, ela reaparecesse em minha vida desempenhando papéis importantes e únicos. Papéis que somente ela poderia protagonizar...

Mas o final dessa história, ao contrário do que eu sempre imaginei, foi ela quem definiu:
Quando eu menos esperava, ela decidiu morrer...
Assim... sem mais nem menos... sem pedir licença ou permissão... sem data marcada ou ocasião para despedida, minha tese da morte bem demorada ruiu.
Ela simplesmente se foi, deixando a lição que mães não são para sempre.
Ao contrário do que sempre imaginei, são elas que decidem o quanto esta eternidade pode durar em vida, e o quanto fica relegado para o etéreo terreno da saudade..."

Autor desconhecido

Pérola nos Bastidores - Claude Bloc

Claude Bloc disse...


A - Dor que gera tristeza
C - Flor que gera alegria
A - transformada em poesia
C - a dor logo se esvazia
A- e assim vai o poeta
C - dia e noite, noite e dia
A - levando o seu dia-a-dia.



A - Aloísio
C - Claude Bloc