Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


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quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Eu só queria nascer de novo, para "me" ensinar a viver (Leonardo Boff)

Meses atrás, em razão de termos tido a iniciativa de postar alguns textos do Leonardo Boff a respeito da Igreja (que ele tão bem conhece e na intimidade) fomos alvo de críticas e incompreensão por parte de alguns, embora não contestados na sua essência, em sua questão substantiva. É que o “cara”, além de possuir o dom de expressar-se com incrível facilidade, é coerente, é convincente e, simplesmente, genial.
Por essa razão, mesmo correndo o risco de novos julgamentos precipitados, lançamos à reflexão dos simpatizantes do Leonardo Boff a pérola abaixo.
José Nilton Mariano Saraiva
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EU SÓ QUERIA NASCER DE NOVO, PARA "ME" ENSINAR A VIVER

Neste mês de dezembro, completo 70 anos. Pelas condições brasileiras, me torno oficialmente velho. Isso não significa que estou próximo da morte, porque esta pode ocorrer já no primeiro momento da vida. Mas é uma outra etapa da vida, a derradeira. Esta possui uma dimensão biológica, pois, irrefreavelmente, o capital vital se esgota, nos debilitamos, perdemos o vigor dos sentidos e nos despedimos lentamente de todas as coisas. De fato, ficamos mais esquecidos, quem sabe, impacientes e sensíveis a gestos de bondade que nos levam facilmente às lágrimas.
Mas há um outro lado, mais instigante. A velhice é a última etapa do crescimento humano. Nós nascemos inteiros. Mas nunca estamos prontos. Temos que completar nosso nascimento ao construir a existência, ao abrir caminhos, ao superar dificuldades e ao moldar o nosso destino. Estamos sempre em gênese. Começamos a nascer, vamos nascendo em prestações ao longo da vida até acabar de nascer. Então, entramos no silêncio. E morremos.
A velhice é a última chance que a vida nos oferece para acabar de crescer, madurar e, finalmente, terminar de nascer. Neste contexto, é iluminadora a palavra de São Paulo: “Na medida em que definha o homem exterior, nesta mesma medida rejuvenesce o homem interior”(2Cor 4,16). A velhice é uma exigência do homem interior.
Que é o homem interior? É o nosso eu profundo, o nosso modo singular de ser e de agir, a nossa marca registrada, a nossa identidade mais radical. Essa identidade devemos encará-la face a face.
Ela é pessoalíssima e se esconde atrás de muitas máscaras que a vida nos impõe. Pois a vida é um teatro no qual desempenhamos muitos papéis. Eu, por exemplo, fui franciscano, padre, agora leigo, teólogo, filósofo, professor, conferencista, escritor, editor, redator de algumas revistas, inquirido pelas autoridades doutrinais do Vaticano, submetido ao “silêncio obsequioso” e outros papéis mais.
Mas há um momento em que tudo isso é relativizado e vira pura palha. Então, deixamos o palco, tiramos as máscaras e nos perguntamos: afinal, quem sou eu? Que sonhos me movem? Que anjos me habitam? Que demônios me atormentam? Qual é o meu lugar no desígnio do Mistério? À medida que tentamos, com temor e tremor, responder a essas indagações vem a lume o homem interior. A resposta nunca é conclusiva; perde-se para dentro do inefável.
Este é o desafio para a etapa da velhice. Então, nos damos conta de que precisaríamos muitos anos de velhice para encontrar a palavra essencial que nos defina. Surpresos, descobrimos que não vivemos porque simplesmente não morremos, mas vivemos para pensar, meditar, rasgar novos horizontes e criar sentidos de vida. Especialmente para tentar fazer uma síntese final, integrando as sombras, realimentando os sonhos que nos sustentaram por toda uma vida, reconciliando-nos com os fracassos e buscando sabedoria. É ilusão pensar que esta vem com a velhice. Ela vem do espírito com o qual vivenciamos a velhice como a etapa final do crescimento e de nosso verdadeiro Natal. Por fim, importa preparar o grande encontro. A vida não é estruturada para terminar na morte, mas para se transfigurar através da morte. Morremos para viver mais e melhor, para mergulhar na eternidade e encontrar a última realidade, feita de amor e de misericórdia. Aí, saberemos, finalmente, quem somos e qual é o nosso verdadeiro nome. Nutro o mesmo sentimento que o sábio do Antigo Testamento: “Contemplo os dias passados e tenho os olhos voltados para a eternidade”.
Alimento dois sonhos, sonhos de um jovem ancião: o primeiro é escrever um livro só para Deus, se possível com o próprio sangue; e o segundo, impossível, mas bem expresso por Herzer, menina de rua e poetisa: “EU SÓ QUEIRA NASCER DE NOVO, PARA ME ENSINAR A VIVER”. Mas como isso é irrealizável, só me resta aprender na escola de Deus. Parafraseando Camões, completo: mais vivera se não fora, para tão longo ideal, tão curta a vida.
Autoria: Leonardo Boff - Postagem: José Nilton Mariano Saraiva

Lupicínio Rodrigues





Lupicínio Rodrigues (Porto Alegre, 16 de setembro de 1914 — Porto Alegre, 27 de agosto de 1974) foi um compositor brasileiro.

Lupe, como era chamado desde pequeno, compôs marchinhas de carnaval e sambas-canção, músicas que expressam muito sentimento, principalmente a melancolia por um amor perdido. Foi o inventor do termo dor-de-cotovelo, que se refere à prática de quem crava os cotovelos em um balcão ou mesa de bar, pede um uísque duplo, e chora o amor que perdeu. Constantemente abandonado pelas mulheres, Lupicínio buscou em sua própria vida a inspiração para suas canções, onde a traição e o amor andavam sempre juntos.

De 1935 a 1947, trabalhou como bedel da Faculdade de Direito da UFRGS. Nunca saiu de Porto Alegre, a não ser por uns meses em 1939, para conhecer o ambiente musical carioca. Porto Alegre era seu berço querido e todo o seu universo.

Boêmio, foi proprietário de diversos bares, churrascarias e restaurantes com música, que seguidamente ia abrindo e fechando, tudo apenas para ter, antes do lucro, um local para encontro com os amigos.

Torcedor do Grêmio, compôs o hino tricolor, em 1953: Até a pé nós iremos / para que der e vier / Mas o certo é que nós estaremos / com o Grêmio onde o Grêmio estiver. Seu retrato está na Galeria dos Gremistas Imortais, no salão nobre do clube.

Deixou cerca de uma centena e meia de canções editadas; outras centenas que compôs foram perdidas, esquecidas ou estão à espera de quem as resgate.

Sylvia Teles


Sylvia Telles (Rio de Janeiro, 27 de agosto de 1934 — Maricá, 17 de dezembro de 1966), também conhecida como Sylvinha Telles, foi uma cantora brasileira e uma das intérpretes dos primórdios da bossa nova.

A maioria de seus discos estão fora de catálogo, o que dificulta o seu conhecimento pelas gerações recentes. Porém, ocasionalmente é lançada uma compilação com algumas de suas inúmeras gravações.

Segundo matéria publicada em O Globo e assinada por João Máximo: "Sylvinha foi uma das melhores intérpretes da moderna música brasileira, entendendo-se como tal a que vai de Ponto final - com Dick Farney e Amargura, com Lúcio Alves, até as canções que Tom e Vinicius fizeram depois de Orfeu da Conceição".

Confúcio


Confúcio (em chinês: 孔子, pinyin: Kǒngzǐ; Tsou, 551 a.C. - Qufu, 479 a.C.) é o nome latino do pensador chinês Kung-Fu-Tse (chinês: 孔夫子; pinyin: Kǒng Fūzǐ, literalmente "Mestre Kong"). Foi a figura histórica mais conhecida na China como mestre, filósofo e teórico político. Sua doutrina, o confucionismo, teve forte influência não apenas sobre a China mas também sobre toda a Ásia oriental.

Conhece-se muito pouco da sua vida. Parece que os seus antepassados foram de linhagem nobre, mas o filósofo e moralista viveu pobre, e desde a infância teve de ser mestre de si mesmo. Na sua época, a China estava praticamente dividida em reinos feudais cujos senhores dependiam muito pouco do rei.

Sua filosofia enfatizava a moralidade pessoal e governamental, a exatidão nas relações sociais, a justiça e a sinceridade. Estes valores ganharam destaque na China sobre outras doutrinas, como o Legalismo (法家) ou o Taoísmo (道家) durante a Dinastia Han (206 a.C. - 220 d.C.). O confucionismo foi introduzido na Europa pelo jesuíta italiano Matteo Ricci, que foi o primeiro a latinizar o nome como "Confúcio".

wikipédia

Madre Teresa de Calcutá


Madre Teresa de Calcutá, também chamada Beata Teresa de Calcutá, cujo nome verdadeiro é Agnes Gonxha Bojaxhiu (Skopje, 26 de Agosto de 1910 — Calcutá, 5 de Setembro de 1997), foi uma missionária católica albanesa, nascida na República da Macedônia e naturalizada indiana, beatificada pela Igreja Católica em 2003. Considerada, por alguns, a missionária do século XX, fundou a congregação "Missionárias da Caridade", tornando-se conhecida ainda em vida pelo cognome de "Santa das sarjetas".

Por Heládio Teles Duarte

Caros leitores do Caricaturas ,

Vejam esta triste realidade, enquanto na cidade o cidadão comum é multado pelo simples fato de trazer um menor sem o cinto de segurança, nas nossas rodovias adjacentes tudo é permitido ! Somos ou não uma república de bananeiras?
Com toda razão o General Charles Degaulle, quando externou que  o Brasil não é um pais sério.

Heladio Teles Duarte

Por João Nicodemos


acordaremos a floresta
com nossos acordes di-sonantes
com novos sabores e cores
faremos esculpir a rocha
do batente...
e inventaremos novas canções
de gozo e saudade...

Vote no João !

Pois é, amigos, vocês repararam que a as ruas estão com outro aspecto? Sorrisos fartos e rasgados, solidariedade franca, bandeiras tremulando pelas esquinas. Banners poluem as vielas com fotos feias e photoshopadas . Só falta mesmo a orientação no topo : “Procura-se”. Velhinhos têm sempre um braço amigo para atravessar a avenida, criancinhas catarrentas são abraçadas sem receio, bacanas visitam casebres e favelas e apertam mãos calejadas, sem o costumeiro uso de desinfetantes. É que começou a temporada de caça ao voto e os cães farejadores já foram estumados cidade afora. Observem bem as caras, pois, como cometas, aqui só aparecerão, novamente, a cada quatro anos: ainda bem ! A maioria deles expõe, claramente, a única obra que farão se eleitos: sua propaganda descolorida, pálida e de mal gosto.
Não bastasse a poluição visual, de todos os momentos, recebemos junto, num kit, a sonora. Nem me queixo dos programas eleitorais, estes , ao menos, podemos evitar com um simples toque do remoto, ou assistir a eles : não existe, atualmente, melhor programação humorística na rede. O terrível , no entanto, são os carros de som com suas musiquinhas insuportáveis e repetitivas. A repetição , por si só, já desgasta qualquer obra refinada de arte. Quem suporta, por exemplo, “Pour Élise” de Beethoven, tocada ad infinitum pelas secretárias eletrônicas ( “um minuto, por favor: taram-ram-ram-tam-ram-ram-ram...”) e pelas companhias de gás butano avisando a entrega sistemática ? As políticas, então, trazem paródias horrorosas de melodias que, no original, já mereciam a lata do lixo. E não há como fugir delas, estão espalhadas por todo canto. E ainda as apelidam de propaganda eleitoral gratuita. Salve-se quem puder!
Rui Pincel , nestes dias, contou-me duas histórias da publicidade eleitoral sonora, na última campanha, em Matozinho. De uma efetividade de fazer inveja ao Duda Mendonça ou ao Washington Olivetto. João da Birosca tinha uma pequena bodega nas cercanias de Bertioga, Distrito de Matozinho. Resolveu se candidatar a vereador, por infunca do prefeito Sinderval Bandalheira que precisava de um corretor de votos naquela localidade, historicamente infestada de adversários seus. João pegou ar na bomba e meteu-se na enrascada, sem perceber que corria sérios riscos de ver seu pequeno empreendimento na falência total e irreversível. De parcos recursos (sem caixa nem 1, que dirá 2) , João providenciou, ele mesmo, a música emblemática da sua campanha e escolheu aquele hit sertanejo : “Quero você!/ Quero você/Quero você, todinha prá mim!” Sem largos recursos poéticos, já montado num pangaré tão sem futuro, a paródia saiu assim:
“Vote no João,
Vote no João!
Vote no João!
Vote no João!
E , depois da infindável repetição, como um mantra, finalizava:
“Ele é nosso amigão!”
Terminada a primeira parte, repetia-se a música novamente, eternamente, infindavelmente, desde as cinco horas da manhã, até as dez da noite. Eram mais de cinco meninos com sons roufenhos adaptados em bicicletas antigas, os famosos picossons, correndo todas as ruas. E vejam que eram dois meses ininterruptos de Campanha. Segundo Rui, por incrível que possa parecer, Birosca terminou como o candidato mais votado de Matozinho. Nem a W / Brasil, se contratada , teria feito uma melhor publicidade. E explica: na segunda semana, toda Bertioga já não suportava o “Vote no João” e pediram, por todos os santos do céu e do purgatório para que ele cancelasse a veiculação da propaganda. Havia o sério risco de , no dia da eleição, todos os bertioguenses não puderem votar em tratamento psiquiátrico em algum asilo da capital. Birosca concordou, com uma condição: tinham de jurar, de mãos postas, pela alma de Frei Damião , que votariam nele para vereador. Bingo!
Na mesma campanha, Joca Fubuia, o maior pau-d´água da vila, andou botando boneco na rua do Caneco Amassado e as meninas chamaram a polícia. Joca foi recolhido à prisão local, no início da noite, mais melado do que gamela de engenho. Deitado na masmorra, sem ter o que fazer, pôs-se a cantar a musiquinha do seu candidato João da Birosca, que lhe fornecera a mendraca gratuitamente, para aquele porre fenomenal:
“ Vote no João!
Vote no João
Vote no João
Vote no João...”
Os soldados, de plantão, ainda agüentaram uma hora daquele mantra interminável e, aí, com os ouvidos em fogo, como se atacados por marimbondo de chapéu, começaram a reclamar:
--- Para com essa zoada aí, bêbado safado! Pára !
Fubuia, no entanto, não se intimidava: “Vote no João/ Vote no João” e respondeu :
--- Páro nada, rapaz ! Me prenda se estiver achando ruim! Me prenda!
Às dez da noite, ninguém mais suportava aquilo e como prender quem já estava enjaulado? Até o delegado que era meio mouco estrilou. Depois de uns dois ou três safanões de praxe, soltaram Fubuia para os prazeres da noite e das oiças. Como não eleger um candidato de tamanho prestígio? Vote no João!

J. Flávio Vieira

Por Norma Hauer

ANTONIO ALMEIDA E ALBERTO RIBEIRO
Em 26 de agosto de 1911, nasceu, aqui em Vila Isabel, o compositor ANTONIO ALMEIDA e no dia 27 de agosto de 1902, no bairro Cidade Nova (perto do Estácio) o compositor ALBERTO RIBEIRO.

ANTÔNIO ALMEIDA antes de se dedicar às composições, tentou a vida como cantor, apresentando-se no programa "Horas do Outro Mundo", que Renato Murce conduzia na Rádio Philips.
Na mesma época passou a freqüentar a boite "Kananga do Japão", que funcionava na Praça Onze, onde eram freqüentes as presenças dos compositores ligados à Tia Ciata, como Sinhô, João da Baiana, Pixinguinha...
Ali ele começou a compor e logo fez dupla com ALBERTO RIBEIRO.

De ambos podemos citar a bonita canção "Conversando com a Saudade", gravada em 1940 por Carlos Galhardo.

"Saudade é no teu seio que eu me abrigo,
Buscando a minha mágoa amenizar.
Saudade, tu dia e noite estás comigo,
Pois vivo, constantemente e recordar
minha amada..."

Ainda da dupla, tivemos "Tin do lê,lê", gravação dos "Anjos do Inferno", "Acabou-se o que era Doce"; uma letra para uma das Polonaises de Chopin; Boca Negra, gravada por Emilinha Borba"; "O Circo Chegou", gravação de Sílvio Caldas...

ANTÔNIO ALMEIDA lutou muito pelos "direitos autorais" e vivia preocupado com a falta de honestidade quando se tratava desse assunto.

Um dia (10 de dezembro de 1985) , desgostoso, foi mais um artista da fase de ouro de nosso rádio, que resolveu dar fim à vida, seguindo a trilha de Ernesto Nazareth, Assis Valente, João Petra de Barros, Evaldo Rui e Humberto Porto

ALBERTO RIBEIRO, foi par, quase constante, de João de Barro (o Braguinha) nas mais famosas das composições que Braguinha assinou. Entretanto, tal como Alcides Gonçalves(em relação a Lupicínio) e Vadico, ( em relação a algumas famosas composições de Noel) era o grande esquecido.

Braguinha estava sempre presente quando suas músicas eram executadas , mas ALBERTO RIBEIRO, tendo outras ocupações (era médico homeopata) raramente aparecia e o resultado era seu nome não ser citado. Assim, veremos adiante, na continuação

Eis uma composição da dupla João de Barro (Braguinha) e ALBERTO RIBEIRO, falando nos
MARES DA CHINA

Nos mares da China, um dia a encontrei,
Num junco que vinha, talvez, de Shangai.
P'ra onde ela iria, confesso, não sei,
Talvez fosse filha de algum samurai.

E dizem que contam, histórias sombrias.
Seus olhos parados, seus lábios fatais...
Histórias que falam de pérolas frias,
Histórias que falam de frios punhais.

E passam-se os dias, e passam-se os meses
E aquela mulher dos meus olhos não sai.
E eu vivo buscando nos mares chineses,
Um junco que vinha, talvez, de Shangai."

Quando se fala em Braguinha, só são lembrados seus sucessos carnavalescos, como "Yes, Nós Temos Banana"; "Deixa a Lua Sossegada";"Touradas em Madri"; "Sonho de Papel";."Adolfito Mata Moros"(uma zombaria, no tempo da 2ª Guerra, a Hitler) ;"Cachorro Vira-Lata";"Chiquita Bacana"; "Balancê";"Tem Gato na Tuba";"O Circo Chegou" (aqui também entra ANTÕNIO ALMEIDA); "Falua"...e para as festas de São João, "Capelinha de Melão", mas elas tem a participação de ALBERTO RIBEIRO.

Gostaria de destacar a marchinha "Cadê Mimi", gravada por Mário Reis e que, como em outras músicas, os compositores confundiam China com Japão. Aqui, falam em Shangai e "bibelô japonês".

Em todas essas composições, o nome de Braguinha é lembrado e o de ALBERTO RIBEIRO esquecido.

A dupla também compôs lindas canções românticas, como "Amar Até Morrer"; "Eu Sei de Alguém"; "Sonhos Azuis", gravadas por Carlos Galhardo;Fim de Semana em Paquetá", gravação de Jorge Goulart; "Copacabana" ( o primero sucesso de Dick Farney);"Onde o Céu Azul é mais Azul", gravação de Francisco Alves...

ALBERTO RIBEIRO e Braguinha fizeram a trilha sonora dos filmes "Alô Brasil";"Alô, Alô Carnaval" e "Estudantes".

Em "Alô-Alô Carnaval" aparece o único registro de Luiz Barbosa interpretando "Seu Libório", uma das primeiras composições da dupla e que Luiz cantava sempre na Mayrink Veiga, onde chegou a ficar conhecido como "Seu Libório". Mas não gravou essa composição.

Em 1967, ALBERTO RIBEIRO prestou depoimento no Museu da Imagem e do Som narrando sua vida artística.

No mesmo local, as "Cantoras do Rádio" (Carmélia Alves, Carminha Mascarenhas, Violeta Cavalcanti e Ellen de Lima fizeram uma homenagem ao Centenário de ALBERTO RIBEIRO.

ALBERTO RIBEIRO faleceu em 10 de novembro de 1971, aqui no Rio de Janeiro, aos 69 anos.

Por Socorro Moreira


Lembro alguns olhares
(uns que arrancavam a alma
e atiçavam  beijos)
Lembro- me ,
desde o primeiro !

Escondidos  de todos ...
(temiam testemunhas)
- Os maiores beijos !

Sinto falta  do beijo
não trocado
nunca repetido
nem afiançado


Pele tatuada
de dentes e cheiros
Pele esgarçada
do calor de  beijos.

Eram leves,
insistentes,
e quase
enchuvarados ...
Eram  elos do amor
na veia do a(feto) 
!

CLIQUE - CATADORAS DE LIXO - Por Edilma Rocha


SOBRAS DE COMIDA E MÃOS AGRADECIDAS

NESTE DIA A MÃE ESTAVA JUNTO
A CARROÇA ESTAVA EM ALEGRIA NO COLORIDO DOS BALÕES


AS MENINAS SÃO A PRÓPRIA IMAGEM
DA DESNUTRIÇÃO E MAUS TRATOS DOS CABELOS AO VENTO


E O LINDO ROSTINHO DE JULIANA QUE SABE SORRIR APESAR DE TUDO...

Nota de Falecimento - por Nívia Uchôa



Caros e Caras,

É com imenso pesar que venho aqui lhes comunicar o falecimento da nossa grande amiga escultora e companheira de vários trabalhos Maria Cândido.

A Maria Cândido foi atropelada ontem em Juazeiro do Norte-Ce.
Maria era e será ainda uma das melhores escultoras de temas que Juazeiro possuiu. Sua mãe D. Maria Cândido e sua irmã Cícera Cândido com certeza irão continuar esse trabalho maravilhoso.

Para quem não sabe a casa dela fica próximo ao Colégio Batista, na Rua Boa Vista, em Juazeiro do Norte

Um abraço em todos e todas

Nívia Uchôa



ARTISTA
Maria Cândido Monteiro
Juazeiro do Norte - CE


Maria Cândido Monteiro nasce em 1961, em Juazeiro do Norte, CE. Por trabalhar o barro em conjunto com a mãe, Maria de Lourdes Cândido e a irmã, Maria do Socorro, ficam conhecidas como "as três marias". Seus trabalhos apresentam bastante semelhanças entre si, embora cada artista mantenha sua produção própria. Maria Cândido preocupa-se em produzir peças bem acabadas. Inspira-se em fotos de revistas, jornais ou em outros materiais visuais com os quais tem contato, misturando-os sempre à sua imaginação. Não raro, começa a modelar o barro, sem qualquer intencionalidade e, ao final, surpreende-se com os resultados obtidos. Além das placas decorativas, que chama de "temas", faz reisados, quadrilhas e lapinhas.

FERNANDO RODRIGUES
DE BRASÍLIA

A candidata do PT a presidente, Dilma Rousseff, manteve sua tendência de alta e foi a 49% das intenções de voto. Abriu 20 pontos de vantagem sobre seu principal adversário, José Serra, do PSDB, que está com 29%, segundo pesquisa Datafolha. Os contratantes do levantamento são a Folha e a Rede Globo.

Realizada nos dias 23 e 24 com 10.948 entrevistas em todo o país, o levantamento também indica que Dilma lidera agora em segmentos antes redutos de Serra. A petista passou o tucano em São Paulo, no Rio Grande do Sul e no Paraná e entre os eleitores com maior faixa de renda.

Arte Folha

Em São Paulo, Estado governado por Serra até abril e por tucanos há 16 anos, Dilma saiu de 34% na semana passada e está com 41% agora. O ex-governador caiu de 41% para 36%.
Na capital paulista, governada por Gilberto Kassab (DEM), aliado de Serra, ela tem 41% e ele, 35%.

No Rio Grande do Sul, a petista saiu de 35% e foi a 43%. Já Serra caiu de 43% para 39% entre os gaúchos.

A margem de erro máxima da pesquisa é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. Todas as oscilações nacionais se deram dentro do limite.

Dilma tinha 47% na sondagem do dia 20 e foi a 49%. Serra estava com 30% e agora tem 29% Marina Silva (PV) manteve-se em 9%. Há 4% que dizem votar em branco, nulo ou em nenhum. E 8% estão indecisos. Os demais candidatos não pontuaram.

Se a eleição fosse hoje, Dilma teria 55% dos votos válidos (os que são dados apenas aos candidatos) e venceria no primeiro turno.

Serra se mantém ainda à frente em alguns poucos estratos do eleitorado. Por exemplo, entre os eleitores de Curitiba, capital do Paraná, onde registra 40% contra 31% de sua adversária direta.

'BOLSÕES'

Mas o avanço da petista ocorre também nesses bolsões serristas. No levantamento de 9 a 12 deste mês, Serra liderava entre os curitibanos com 43% contra 24% de Dilma, uma vantagem de 19 pontos. Agora, a diferença caiu para nove pontos.

Quando se observam regiões do país, a candidata do PT lidera em todas, inclusive no Sul. Na semana passada, ela estava tecnicamente empatada com Serra, mas numericamente atrás: tinha 38% contra 40% do tucano.

Agora, a situação se inverteu, com Dilma indo a 43% e o tucano deslizando para 36% entre eleitores sulistas.

SEGUNDO TURNO

Como reflexo de seu desempenho geral, Dilma também ampliou a vantagem num eventual segundo turno. Saiu de 53% na semana passada e está com 55%. Serra oscilou de 39% para 36%. Ampliou-se a distância, que era de 14, para 19 pontos.

Outro dado relevante e que indica um mau sinal para o tucano é a taxa de rejeição. Dilma é rejeitada por 19% dos eleitores, taxa que se mantém estável desde maio.

Já Serra está agora com 29% (eram 27% semana passada) e chega a seu maior percentual neste ano.

Na pesquisa espontânea, quando os eleitores não escolhem os nomes de uma lista de candidatos, Dilma foi a 35% contra 18% de Serra.

No levantamento anterior, os percentuais eram 31% e 17%, respectivamente.

A pesquisa está registrada no TSE sob o número 25.473/2010

Carta da escritora cratense Telma Brilhante para Emerson Monteiro sobre o Livro "Cariricaturas em verso e prosa "



Olá, Emerson:

Agradeço o belo livro Cariricaturas em Verso e Prosa. Já o folheei (Tenho por hábito manusear o livro, ler as orelhas, apresentação, prefácio, acarinhá-lo como um presente de Deus. Depois é que inicio a leitura propriamente dita.) Comecei a leitura pelo seu. Como sempre, muito bom. O primeiro texto, filosófico, um pouco do fluxo da consciência. O segundo, informações. O terceiro, reflexões. O quarto, crônica memorialista. Eita, primo, você transita por todas as áreas literárias com muita competência.
Na verdade não conhecia o site Caricaturas, somente agora estou sabendo de sua existência. Tentei postar um comentário, mas não consegui. Acho importante compartilhar com os conterrâneos o que acontece na nossa terra, temos que valorizar as boas iniciativas.
No que estiver ao meu alcance conte comigo. Será um prazer.

Grande abraço da prima,
Telma.

Bacalhau Tipo Zé do Pipo

Ingredientes

Ø 1 colher (chá) de mostarda
Ø 600 g de bacalhau demolhado
Ø l kg de batatas
Ø leite meio gordo( o quanto baste)
Ø 3 cebolas brancas
Ø 2 colheres de manteiga
Ø azeite fino
Ø farinha de trigo para envolver o bacalhau
Ø ½ colher de maionese
Ø sal
Cozinhe  o bacalhau em leite durante 3 minutos. Coe o leite por um passador fino e reserve. Limpe o bacalhau das peles e espinhas mais fáceis de retirar e divida-o em pedaços. Com as batatas cozidas e passadas a puré, dê-lhe espessura juntando a manteiga e o leite que reservou. Tempere com sal.

Corte as cebolas às rodelas e refogue ligeiramente em bastante azeite. Retire a cebola com uma escumadeira e, na gordura, frite o bacalhau passado por farinha. Num pirex untado, espalhe metade do puré. Cubra com o bacalhau e regue com a maionese.

Disponha as rodelas de cebola e, à volta, enfeite a seu gosto com rosetas do puré que sobrou. Leve ao forno para aquecer e tostar.

Frases para rir ou refletir- Colaboração de Caio Bonates


"- Se for para morrer de batida ...que seja de limão! (Autor Anônimo) 
- A juventude envelhece, a imaturidade é superada, a ignorância pode ser educada e a embriaguez passa, mas a estupidez dura para sempre. (Aristófanes)

- Brasileiro gosta é de justificar o voto. Tem gente que fica se justificando por anos! (Fogovivo)
- Mais vale um galo no terreiro que dois na cabeça! (Fogovivo)

- Tempo é dinheiro. Vamos, então, fazer a experiência de pagar as nossas dívidas com o tempo. (Barão de Itararé) 

- Aquele que, ao longo de todo o dia: é ativo como uma abelha, forte como um touro, trabalha que nem um cavalo, e que ao fim da tarde se sente cansado que nem um cão... deveria consultar um veterinário. É bem provável que seja um grande burro. (Autor Anônimo) 

- Sempre que possível, converse com um saco de cimento. Nessa vida só devemos acreditar naquilo que um dia pode ser concreto. (Autor Anônimo)
- Errar é humano. Colocar a culpa em alguém é estratégico. (Autor Anônimo)

- A coisa mais dura de entender no mundo é o Imposto de Renda. (Albert Einstein)
- O homem esquece mais facilmente a morte do pai do que a perda do patrimônio. (Maquiavel)
- Um gênio é uma pessoa de talento que faz toda a lição de casa. (Thomas A. Edison)
- Caia a faca no melão ou o melão na faca, o melão sofre... (Provérbio chinês) 

- O Brasil precisa explorar com urgência a sua riqueza; porque a pobreza não agüenta mais ser explorada. (Max Nunes) 
- O mal de quase todos nós é que preferimos ser arruinados pelo elogio a ser salvos pela crítica. (Norman Vincent) 
- A prosperidade de alguns homens públicos do Brasil é uma prova evidente de que eles vêm lutando pelo progresso do nosso subdesenvolvimento. (Stanislaw Ponte Preta)
- Quando falares, cuida para que tuas palavras sejam melhores que o silêncio. (Provérbio indiano) 
- Alguns homens amam tanto suas mulheres, que para não gastá-las, preferem usar as dos outros. (Autor desconhecido)
- As nuvens são como chefes... quando desaparecem, o dia fica lindo! (Autor desconhecido)

- As mulheres estão descobrindo que mulher é bom, coisa que os homens já sabem há séculos. (Chico Anísio)
- Se sentires um vazio por dentro, coma, porque é fome! (Autor Anônimo) 

- No corpo feminino, esse retiro, a doce bunda é ainda o que prefiro. A ela, meu mais íntimo suspiro, pois tanto mais a apalpo quanto admiro. (Carlos Drummond de Andrade)

- Não reclame de tudo que passou no casamento. Reclame também de tudo que lavou. (Autor Anônimo)
- O político brasileiro é o mais religioso do mundo... em cada obra, leva um terço! (Autor Anônimo)


- O casamento é uma tragédia em dois atos: um civil e um religioso. (Barão de Itararé) 

- Não substime a capacidade de ironia do destino. (Anderson Roberto de Carvalho)
- Ajudar uma única pessoa pode não fazer diferença nenhuma para uma vida, mas, pergunte a essa pessoa se faz difrença na vida dela. (Anderson Roberto de Carvalho)
- Se mulher gostasse de "selinho", casava com um carteiro. (Autor Anônimo)
- Pior que não ter onde cair morto, é não ter onde ficar em pé vivo. (Autor Anônimo)
- O que é um amigo? Uma única alma habitando dois corpos. (Aristóteles)
- Deus deve amar os homens medíocres. Fez vários deles. (Abraham Lincoln)

- Copiar o bom é melhor que inventar o ruim. (Armando Nogueira)
- Quanto menos inteligente um homem é, menos misteriosa lhe parece a existência. (Arthur Schopenhauer)
- A vantagem de ter péssima memória é divertir-se muitas vezes com as mesmas coisas boas, como se fosse a primeira vez. (Friedrich Nietzsche) 
- Se não puder ajudar, atrapalhe, afinal o importante é participar. (Autor Anônimo) 
- Se você está se sentindo sozinho, abandonado, achando que ninguém liga para você... atrase um pagamento. (Autor Anônimo) 

- Se Deus, que é Deus, trabalhou seis dias, não sou eu quem vai trabalhar um mês inteiro. (Fogovivo)
- Sou incapaz de fazer mal a uma formiga. Bem que tentei, mas não entrava. (Eugênio Mohallen) 
- O melhor marido que uma mulher pode ter é um arqueólogo. Quanto mais velha ela fica, maior o interesse dele. (Agatha Christie)'

Receita de Bolo de Chocolate da Carolina Ferraz - Colaboração de Fátima Figueirêdo

Ingredientes
Para a massa
200 g de manteiga sem sal
5 ovos (colocar a clara e a gema)
6 colheres de sopa de açúcar
100 g de coco ralado
1 xícara de chá de chocolate em pó ou Nescau
1 colher de sopa de fermento
Farinha de trigo para untar a forma

Para a calda
1 lata de leite condensado
2 colheres de sopa de manteiga sem sal
1 xícara de chá de chocolate em pó ou Nescau
1 xícara de chá de leite

Modo de fazer
Bata no liquidificador todos os ingredientes da massa, juntos. Em uma forma untada com manteiga e farinha de trigo, asse o bolo em forno médio por 25 a 30 minutos. Para a calda, leve os ingredientes ao fogo, mexa até ferver e despeje sobre o bolo ainda quente. Se preferir, antes de colocar a calda, faça furinhos no bolo (com um garfo ou faca) para que a calda penetre melhor e deixe o bolo mais molhadinho.

Fátima Figueirêdo

Eles nasceram no dia 26 de Agosto -Homens das Exatas !


Antoine-Laurent de Lavoisier (Paris, 26 de agosto de 1743 — Paris, 8 de maio de 1794) foi um químico francês, considerado o criador da química moderna.

Foi o primeiro cientista a enunciar o princípio da conservação da matéria. Além disso identificou e batizou o oxigênio, refutou a teoria flogística e participou na reforma da nomenclatura química. Célebre por seus estudos sobre a conservação da matéria, mais tarde imortalizado pela frase popular "Na Natureza nada se perde, nada se cria, tudo se transforma."

Lee De Forest (Council Bluffs, 26 de agosto de 1873 — Hollywood, 30 de junho de 1961) foi um físico e inventor estado-unidense.

Forest foi um físico que pesquisou componentes e aparelhos dedicados para a  gravação e reprodução de sons, assim como instrumentos de aplicação nos campos da eletromedicina e da telefonia.

Albert Bruce Sabin (Białystok, 26 de agosto de 1906 — Washington, 3 de março de 1993) foi um renomado pesquisador médico, sendo melhor conhecido por ter desenvolvido a vacina oral (famosa "gotinha") para a poliomielite.


Johann Heinrich Lambert (26 de Agosto de 1728, em Mulhouse (Alsácia), então parte do território Suíço - 25 de Setembro de 1777) foi um matemático de origem francesa, radicado na Alemanha. A obra de Lambert inclui a primeira demonstração de que Pi é um número irracional (1768), o desenvolvimento da geometria da regra, o cálculo da trajetória de cometas. Também se interessou por cartografia e definiu a projeção de Lambert. Foi um dos criadores da fotometria e autor de trabalhos inovadores sobre geometrias não euclidianas.

E eu pergunto pra minha amiga Stela :
Em qual posição no céu estavam os astros ?
-Eles são Mercurianos !

Sol da meia noite - por Socorro Moreira



Quando a sua luz poderá explicar o infinito?
Diário , sempre irrepetível!
No turno da noite, sempre escondido!
Nasce, brilha, possibilita vida!
Foge do olhar que se apaga
Queima a planta do destino 
que se corta
Ilumina no céu, almas que viajam.
Põe-se no horizonte,
mar , nuvens
Verdeja a flora , que enfeita a casa
Meu sol...Nosso sol !
.
Os projetos Armazém do Som e Performance Poética apresentam o show musical "Melodia do Caos" e o recital poético "No Limiar do Mundo", com o Grupo Eletro Alvenaria, na próxima quinta-feira, dia 26 de agosto às 20h, no Teatro do SESC. Entrada Franca.

O espetáculo “Melodia do Caos” é um musical com intervenções poéticas e cinematográficas, e é um recital poético com intervenções melódicas e cinematográficas. São recitados poemas de Ythalo Rodrigues, Daniel Batata, Alexandre Lima, Geraldo Urano e outros poetas cearenses. São exibidos vídeos de Ythalo Rodrigues e musicas de Daniel Batata.
O grupo “Eletro Alvenaria” mostra musicas e sons montados e mixados ao vivo com misturas entre elementos acústicos e as maquinas, as influências vem de uma musica eletrônica dos anos 80 como Kraftwerk, Depech mode, a-ha e outros, as teias musicais em alguns momentos acontecem como trilhas sonoras dentre elas surgem canções e poemas que vão dando melodia ao caos.Conheçam nesta apresentação a beleza, o amor, a sátira, o mal, a imagem e a melodia do caos.


Claúdia Teles


Claudia Telles de Mello Mattos (Rio de Janeiro, 26 de agosto de 1957), é uma cantora e compositora brasileira, famosa como intérprete das canções "Fim de Tarde" e "Eu Preciso Te Esquecer".

INDEPENDÊNCIA OU ROCK NO PINK FLOYD BAR

PÃO VELHO - Por Edilma Rocha

Ao mudar para um bairro novo em Fortaleza me deparei com novas visitantes á minha porta todas as manhãs nas segundas, quartas e sexta-feiras. Estava empolgada com a casa nova construída a partir de um desenho próprio, motivo de orgulho.
_ Senhora me dê um pão velho...
Se fez ouvir por uma vozinha infantil na espera de uma resposta. Fui até o portão e me deparei com a imagem real desta criança linda que ilustra esta postagem.
_Mas pão velho não serve mais...
_ Serve sim ! Quando não tem partes verdes minha mãe esquenta e comemos com café.
Fui até ela e vi que estava sozinha mas ao longe numa carroça puxada por um burro se encontravam duas outras meninas a sua espera. Suas irmãs mais velhas.
_ Você não estuda ?
_ A escola está em greve e não temos comida em casa. Somos catadoras de lixo.
Aquilo me doeu como um golpe no peito. Vi através do rosto daquela criança toda a falta de sorte e infortúnio. Cabelos lourinhos mal cuidados, muito franzina, pés descalços, olhos pequenos e o rosto vermelho e bronzeado pelo sol da região da praia do futuro. Vivia a mendigar pelas portas das casas à espera de que alguém lhe desse um pão velho para comer. Vi nos seus olhos a falta de oportunidades nas coisas mais simples, uma roupa limpa, um par de chinelos, e um lar decente para viver. Nascida em outra família seria com certeza uma princesinha num belo vestido novo, sapatos nos pés e cabelos bem tratados.
_ Aonde está seu pai ?
_ Não sei. Foi embora faz tempo. Só tenho a minha mãe que fica cuidando em casa do meu irmãozinho novo enquanto catamos o lixo para vender.
Como seria o seu Natal, o dia das crianças, a Páscoa com seus chocolates e a sua vida no cotidiano ? Saber que aquelas crianças viviam as custas das sobras da minha casa e do meu lixo enquanto eu tinha o luxo e a fartura, elas não tinham nem o necessário para viver com dignidade. A injustiça social choca muito principalmente numa cidade como Fortaleza, uma metrópole turística e bela por seus prédios imponentes e amontoados e rodeada por favelas por todos os lados.
Daquele dia em diante passei a ter 3 meninas que tocam a campainha com frequência e eu sempre guardo as sobras de comida para elas. Criei um afeto pelas meninas da carroça. Sei que muitos acham que me exponho neste mundo perigoso. Mas eu sou assim. Fazer o que ? De vez em quando arrancam uns matinhos no jardim por alguns trocados ou até um mergulho rápido na piscina ou um lanche decente. Um dia me pediram para eu deixar que vissem a sala da casa e não tive a coragem de negar isso. As vejo crescerem e uma está ficando uma linda mocinha ficando vulnerável aos abusos por andar pelas ruas. Já estão na escola pela ajuda da bolsa do Governo mas se acostumaram com a reciclagem do lixo que vendem próximo dali. Agora fazem parte da minha lista de presentes de Natal criei um carinho por Clarice, Juliana e Fernanda.