Criadores & Criaturas
"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata."
(Carlos Drummond de Andrade)
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quinta-feira, 11 de novembro de 2010
Roland Barthes
Paulinho da Viola
wikipédia
João Nogueira
Augusto dos Anjos
Augusto de Carvalho Rodrigues dos Anjos (Cruz do Espírito Santo, 20 de abril de 1884 — Leopoldina, 12 de novembro de 1914) foi um poeta brasileiro, identificado muitas vezes como simbolista ou parnasiano. Todavia, muitos críticos, como o poeta Ferreira Gullar, preferem identificá-lo como pré-modernista, pois encontramos características nitidamente expressionistas em seus poemas.
É conhecido como um dos poetas mais críticos do seu tempo, e até hoje sua obra é admirada tanto por leigos como por críticos literários.
Augusto de Carvalho Rodrigues dos Anjos
Recebido por e-mail
Antônio Nássara - Por Norma Hauer
Eufrazino na Montanha Russa
A Cia. Cearense de Teatro
Brincante e seu espetáculo de lançamento completam hoje, dia 11, exatos
5 anos de existência na cena brasileira.
O 1º cartaz:
O 1º panfleto:
Gostaria de agradecer aos atores,
atrizes, músicos, técnicos, colaboradores, amigos e familiares que
contribuíram e contribuem permanentemente na edificação desta magnífica
obra, manifestação sublime do talento do artista caririense.
Nossas alegrias de ontem e de hoje sempre nos animarão na grandiosa missão de espalhar luz...
Nossas tristezas, decepções e
lágrimas continuarão a sempre sendo recompensadas pelo generoso aplauso
das platéias maravilhosas que nos acolhem e acolherão em seus
corações...
Obrigado! Muito obrigado!!!
Com amor,
Cacá Araújo
Atenção !
"Cariricaturas em prosa e verso"- Edição Especial
O livro não implicará em qualquer ónus para os seus escritores.
Prefácio :José Flávio Vieira
Texto da contra-capa : José do Vale Feitosa
Revisão: Stella Siebra de Brito
Com o intuito de uniformizar as postagens , disponibilizaremos espaço para 2 textos de cada autor , mais release e fotografia.
Faremos uma tiragem correspondente a 5 livros para cada escritor.
Agradecemos a atenção, e contamos com o apoio geral.
Os textos deverão ser enviados para o e-mail de Stella ,até no máximo, 10 de Dezembro de 2010. A fase de revisão terá tempo indefinido.
- stelasiebra@yahoo.com.br
Abraços do Cariricaturas.
( José do Vale, Claude Bloc, Socorro Moreira e Edilma Rocha - Administradores)
Os poetas suicidas
Georg Trakl, 1914 (foto da Web)
OS POETAS SUICIDAS
Os poetas que eu amo são poetas suicidas.
Amaram demais a vida.
A corda tensa arrebentou.
Eu vomito quem não é quente nem frio, disse o Senhor,
e os poetas suicidas acreditaram.
Amaram desesperadamente a vida,
consumiram-se, queimaram-se no fogo da paixão.
Georg Trakl viu a guerra, os mortos, o sangue,
sentiu a fraqueza humana diante de tanta vida para viver,
tomou ópio e cocaína e outras drogas querendo sempre mais vida:
morreu de amor à vida.
Paul Celan viu as câmaras de gás, os fornos crematórios, as pilhas de cadáveres
e sobreviveu, o que era demais para a fraqueza humana,
e cantou a fraqueza e a dor, o desespero e o abismo transcendental,
até que um dia o fio se rompeu.
Ana Cristina César viu a noite, o poço, a borda do abismo cotidiano,
comeu a sua cota de sola de sapato, bebeu a sua cota de fel,
conheceu a morte e a morte era boa,
a morte era a única coisa boa.
Os poetas suicidas amaram demais a vida.
Eu sou diferente: tomo um gole d’água na borda do poço
contemplo as estrelas refletidas no fundo,
a lua pálida como a minha face
e penso ter descoberto a minha identidade.
Eu amo os poetas suicidas porque não vêem,
como eu, indiferentes,
os dedos marcados na borda do poço.
(2007)
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Uma “praça” no meio do caminho – José Nilton Mariano Saraiva
O “turismo religioso”, para os menos desavisados, é o ato de – com fé, na fé, pela fé e bota fé nisso – fazer a cabeça e se meter as duas mãos e os dois pés no bolso dos romeiros, com irrefreável e inaudita vontade, extorquindo-lhe e explorando-lhe até não mais poder, mesmo que, ao fim e ao cabo, se torne necessário arrancar-lhe a própria pele, sugar-lhe o sangue, esfolá-lo vivo em praça pública ou, simplesmente, despachar-lhe só com o couro e o osso às suas origens miseráveis.
Para viabilizar tão “revolucionário” projeto, chegou-se à conclusão que a opção seria a construção (quanto “ão”, não ???) de uma imensa estátua de um desses
“santos” disponibilizados na vasta coleção da Igreja Católica (tem santo pra todo dia da semana), preferencialmente um daqueles dotados de maior apelo popular. Tanto isso é verdade que, muito embora a padroeira da cidade do Crato seja Nossa Senhora da Penha (pouco menos conhecida e, tudo indica, sem prestígio junto aos afilhados), optou-se por Nossa Senhora de Fátima (essa, sim, de forte chamamento popular, muito embora não tenha a ver com a cidade, como Penha).
O raciocínio era de uma simplicidade franciscana: se na cidade vizinha, a estátua de um (ainda hoje renegado pela Igreja) mero “candidato a santo” (mas que vai chegar lá, sim, por critérios midiáticos-mercantis) atrai milhares de devotos, rende mundos e fundos e foi capaz de formar muitas fortunas pessoais e projetá-la muito além de suas fronteiras, um santo “de verdade”, com pedigree reconhecido e chancelado pelo Vaticano, nos renderia cem vezes mais e em menos tempo (e não venham com hipocrisia de dizer que não era bem isso o planejado).
No entanto, a coisa começou a “fazer água” ainda na sua fase preliminar ou de definição da melhor localização para erigi-la: é que os gênios (e bota genialidade nisso) consultados, inapropriadamente optaram por uma área às margens da rodovia que liga as duas cidades, inviabilizando, assim, a entrada, visita ou o transito das combalidas, indefesas e pobres “vítimas” (romeiros) pelo centro da cidade do Crato, onde presumivelmente gastariam seus parcos recursos com alguma coisa, útil ou inútil (refeições, estatuetas, bottons, fitinhas, outras lembrancinhas da santa, lanches e por aí vai). Afinal, é essa ou não a estratégia usada aí mesmo na cidade vizinha, sem dó nem piedade, doa a quem doer ???
Pra piorar a situação (e pegando carona no velho e surrado bordão “só no Crato mesmo”), descobriu-se que tinha uma “praça” no meio do caminho da “nossa” santa. Em outras palavras: coincidentemente, a construtora responsável pela construção da estátua de Nossa Senhora de Fátima seria a mesma que, lá atrás, teria sido criada (a toque de caixa) com o objetivo primeiro de fazer aquela dantesca e horrorosa reforma da Praça Siqueira Campos, onde, comprovadamente, houve uso de material de qualidade pra lá de duvidosa e preço aviltante e superfaturamento de demais itens (comenta-se), beneficiando não se sabe quem. Ora, se pra reformar uma praça da dimensão diminuta da Siqueira Campos gastou-se (ou desviou-se) uma fortuna (“falam” em quase 200 mil reais), quanto seria gasto (ou desviado) de uma obra de maior porte, de estrutura bem mais complexa ??? Quem tinha interesse em tamanha maracutaia ??? O certo é que, como parece não ter havido acordo para a divisão das “sobras”, a coisa esfriou de vez.
Assim, criado o impasse, nossa “santa” não subiu e nem nos levou aos céus (como esperado), e só restaram - frias, desnudas e apocalípticas - as fundações da estátua daquela que seria a nossa redentora, coincidentemente junto ao “esqueleto” (também em razão de mutretagens), daquele que um dia sonhamos que seria o suntuoso shopping onde desfilariam nossos filhos e netos (e do qual muito nos orgulharíamos), a testemunharem, lá no horizonte, a estátua de um não santo e renegado pela Igreja, mas que conseguiu trazer progresso e desenvolvimento para a cidade vizinha.
A descoberta dessa possível maracutaia seria mais um milagre de Fátima ???
Perfil de uma amiga - por Socorro Moreira
Por Joaquim Pinheiro Bezerra de Menezes
"E por falar em amor" - Por Socorro Moreira
Amor é perdão
É esquecimento da razão
É ternura na lembrança
É paz e doação
Amor é o brilho da vida
Estrelas nos olhos
Céu na canção
Amor é indefinido
É cheio de apelidos
bem,amigo,irmão...
Amor é também paixão...
Daquelas que queimam devagar
não é fogueira de S.João
Amor é vibração
de fazer, restaurar,
reviver ...
Amor é ressurreição.!
E por falar em amor...
Amor é saudade
que não passa
Amor é feitiço
que não desencanta
Amor é sempre o novo,
na cara do passado
e o futuro,
na palma da mão !
Amigos verdadeiros - Por Rosa Guerrera
rosa gurrrera
Amar é ...- Por Rosa Guerrera
Deserto azul - Socorro Moreira
Mais um dia pintado de azul.
Quem não chora tem o coração seco.
Vivo os meus estios
sem cios
-Deveria chorar porisso.
A pele rasgada
o olhar cansado de esperar a noite
e o dia brincando com a minha paciência,
às vence vence o meu tédio,
mas deixa a nostalgia.
Começou a nublar
sinto um cheiro de manga no ar
Zoadas diurnas nos quintais
chaleira fervendo...
preciso tomar as pílulas de vida
do Dr. Ross...
Elas existem ?