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"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata."
(Carlos Drummond de Andrade)
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quarta-feira, 4 de maio de 2011
JOÃO PAULO SEGUNDO BEATIFICADO DIA 02 PELA IGREJA CATÓLICA EM ROMA
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Uma "neófita" na política ??? - José Nilton Mariano Saraiva
Por tratar-se de uma neófita (nunca recebeu um voto sequer na vida), à primeira vista parece tratar-se de uma brincadeira, mas não o é, devido à insistência, à forçação de barra e à teimosia com que o processo é acalentado e gestado. Por isso, tirante à inusitada surpresa, impõe-se, desde já, a pertinente indagação: já não estaria na hora de se acabar com essa “história pra boi dormir” de que, na política, fulano de tal “herdou o DNA” de beltrano, de que, “corre em suas veias o gene político do pai ou da mãe”, ou ainda que, o “peso da hereditariedade” há de funcionar e servir necessariamente de passaporte para que tais espécimes (desprovidos de conteúdo, despreparados e, consequentemente, desempregados), pousem maquiavelicamente de pára-quedas na concorrida arena política, à busca do ganho fácil ??? Em termos de Ceará, por exemplo, o “roçado” (para usar o linguajar do pai da distinta) é por demais produtivo, já que temos aí o Domingos Filho, o Gony Arruda, a Lívia Arruda dentre outros, e, principalmente, toda a família Ferreira Gomes, lá de Sobral.
A verdade, e não é preciso se ser nenhum gênio ou expert político pra constatar isso, no Brasil, de uns tempos pra cá, o exercício da atividade política transformou-se numa acirrada e concorrida disputa pelo almejado “emprego”, rentável e muito bem remunerado: um deputado estadual, federal ou um senador, todos sabem, fatura muito acima de 100 mil reais por mês, fácil, fácil, afora outras mordomias, além da possibilidade de exercício do asqueroso tráfico de influência, em benefício próprio, evidentemente. Certamente que em razão disso, a providência primeira dos espertalhões de discurso fácil, quando ungidos ao poder pelo voto popular, é tratar de acomodar na “política” aqueles familiares que, sem nenhuma vocação ou disposição para o trabalho, não conseguiram adquirir o famoso capital intangível - “bagagem e conhecimento” - suficientes para, por exemplo, obter aprovação em algum concurso público (por emblemático, nos fixemos nos sobralense Ferreira Gomes: afinal, o Cid é engenheiro civil, o Ivo é advogado, a Patrícia, pedagoga, a Lívia, estilista, mas... por um dia sequer já exerceram, ou foram aprovados ou sequer testados, na nobre profissão que escolheram ??? Já colocaram a mão na massa ???).
Onde uma figura apagada como a Patrícia Sabóia (ex-Gomes, ex-vereadora, ex-senadora, ex-candidata à prefeita da capital e atual deputada), arranjaria emprego, público ou privado, que lhe permitisse faturar o que fatura na atividade política (e já há dezenas de anos) simplesmente por escorar-se e ancorar-se no prestígio do marido falastrão ??? Substantiva e pragmaticamente, se analisarmos com critério, parcimônia, seriedade e imparcialidade a sua atuação, qual seria mesmo o produto resultante da relação “custo/benefício” entre a montanha de dinheiro percebido na sua longeva e improfícua atividade parlamentar, e o seu pífio desempenho ???
Ante tal constatação, afigura-se-nos de uma inconsistência a toda prova tentar justificar que o filho de um político necessariamente tenha que militar na política (dentro daquela “lenda” de que “filho de peixe peixinho é”), daí posicionarmo-nos radicalmente contra a que se “presenteie” uma neófita como Lívia Ferreira Gomes (que nunca na vida deu um prego numa barra de sabão) com um “empregaço” desses, simplesmente pro ser filha de quem é.
Portanto, parodiando e homenageando os tais “colunistas sociais”, bola preta, não, bola prestíssima, para aqueles que desfraldam tal bandeira.
NOSSO CRATO, NOSSA GENTE - SIQUEIRA CAMPOS - Por Edilma Rocha
MUNDO VIRTUAL
RIO DE JANEIRO - Pronto. Já não se pode nem atacar uma fortaleza nas breubas do Paquistão, à uma da madrugada e sob o maior sigilo -tanto sigilo que nem o país que abriga a fortaleza podia ficar sabendo. Pois, com todos esses cuidados, não faltou alguém insone e sem o que fazer, tuitando noite afora, e que, ao ouvir helicópteros àquela hora imprópria, transmitiu para o mundo o que estava havendo.
No passado, a história sempre aconteceu aos olhos de testemunhas anônimas e distraídas, que mal percebiam o que estava se passando. E, se percebessem, não faria diferença porque, pelo menos antes do telégrafo, meados do século 19, não tinham para quem contar ou suas mensagens levavam semanas para chegar ao destino. E, quando chegavam, a situação na origem da informação já teria mudado de novo e não correspondia mais àquela realidade.
Mas isso acabou. A história perdeu a inocência. Não importa o que aconteça -nem onde, quando ou como-, sempre haverá alguém para registrar aquilo de alguma forma, em "tempo real", alta definição e, não demora, 3D, podendo ser captado por milhões. O poeta Mallarmé dizia que tudo existe para acabar num livro. Se vivo hoje, diria que tudo acontece para acabar numa telinha de três polegadas.
O tuiteiro poderia ter chegado à janela de sua casa em Abbottabad, apontado o celular para o céu, filmado a chegada dos helicópteros e transmitido tudo aquilo, com som e imagem, para seus colegas tuiteiros da madrugada. Se não o fez, foi porque não calhou.
Mas pode-se prever que, daqui em diante, jovens tuiteiros ficarão de olho nas nuvens e maquininha na mão, torcendo para que algo aconteça e os torne famosos.
A casa onde Bin Laden se escondia chamou atenção porque não tinha telefone nem internet. Pois é, existe coisa mais suspeita, alguém não ter telefone ou internet?
RUY CASTRO
Folha de São Paulo
Hora/ Aula do Doutor
CATIA SEABRA
DE BRASÍLIA
BERNARDO MELLO FRANCO
ENVIADO ESPECIAL A BRASÍLIA
O ex-presidente Lula disse a aliados que aceitou uma oferta de US$ 500 mil (cerca de R$ 790 mil) para fazer palestra na Coreia do Sul, a convite da multinacional LG.
Se confirmar a presença, ele ultrapassará o primeiro milhão de dólares em quatro meses fora do governo, segundo cálculos de petistas.
Carlos Cecconello - 2.mar.11/Folhapress | ||
Lula em sua primeira palestra como ex-presidente, contratada por fabricante de eletrônicos LG |
Os convites de bancos e grandes empresas têm impulsionado a agenda internacional do ex-presidente.
Recordista de viagens internacionais no governo, ele visitou quatro países entre janeiro e abril de 2003, primeiro ano de sua gestão. Neste ano, esteve em dez países no período --aumento de 150%.
O ex-ministro Luiz Dulci confirmou o convite da LG, mas não comentou o cachê de US$ 500 mil.
A assessoria de Lula não informa o valor das palestras. "É segredo de Estado", disse Paulo Okamoto, sócio do petista na empresa LILS.
Procurada desde 20 de abril, a direção da LG disse que não poderia confirmar o evento na Coreia do Sul.
Segundo petistas, Lula já acumulou US$ 700 mil nas primeiras três palestras remuneradas no exterior. O cachê mais alto foi o da Telefonica (cerca de US$ 300 mil) por palestra em Londres. Também foi a Washington, a convite da Microsoft, e a Acapulco, a convite da Associação dos Bancos do México.
Com o evento na Coreia, ainda sem data, sua receita em moeda estrangeira chegaria a US$ 1,2 milhão.
A LG foi a primeira a contratá-lo para uma palestra no Brasil, em março, com cachê de R$ 200 mil. Hoje Lula falará a investidores convidados do Bank of America Merril Lynch, em São Paulo.
Nos eventos, Lula costuma citar feitos de seu governo e o aumento da presença brasileira no cenário mundial.